Guarda municipal é flagrado matando a própria cadela a tiros no litoral de São Paulo

Um episódio envolvendo um guarda civil municipal de Santos chocou a população de São Vicente, cidade vizinha no litoral de São Paulo. Imagens obtidas pelo g1 nesta quinta-feira, 28, flagraram o momento em que o homem, de 28 anos, acaricia a própria cadela antes de matá-la a tiros.

Câmeras de monitoramento capturaram o guarda em uma motocicleta, segurando a cadela no colo. Antes do ato cruel, ele verifica os arredores e, utilizando uma arma particular, efetua o disparo, fazendo com que a cadela caia na rua. Após um intervalo, o guarda retorna à cena, se agacha em frente ao animal, e moradores se aproximam para entender o que aconteceu.

Após a saída das testemunhas, ele volta com um saco, envolve o corpo da cadela e o arrasta para a calçada. A ação foi denunciada à polícia, resultando em um Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 2ºDP. Segundo relatos da mãe do guarda, a cadela foi executada após tê-la atacado, com mordidas na perna e no braço, e o marido, na barriga.

O guarda prestou depoimento à polícia, apresentou registros médicos e foi liberado por falta de flagrante, mas permanece afastado do cargo. A Prefeitura de Santos, em nota, expressou repúdio a qualquer ato de crueldade contra animais e anunciou a abertura de um processo disciplinar, podendo resultar na exoneração do servidor.

O município enfatizou que o guarda nunca usou armamento em suas funções, pois não tinha autorização da GCM. O caso será acompanhado pela corregedoria, enquanto as autoridades investigam o ocorrido como crime ambiental – prática de ato de abuso a animais.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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