Guardas que usaram spray de pimenta em escola são afastados da corporação

Depois da repercussão negativa e das afirmações contraditórias, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) decidiu afastar, nesta sexta-feira (6), os dois agentes responsáveis pelo uso de spray de pimenta contra estudantes da Escola Municipal Professora Dalka Leles, no Residencial Orlando de Morais.

O caso aconteceu na última terça-feira (3) e desde então vêm ganhando novos capítulos e antagonistas como a Defensoria Pública Estadual (DPE), Ministério Público (MP), Conselho Tutelar, Polícia Civil (PC) e Secretária Municipal de Educação (SME).

Na ocasião, dez alunos com idades entre 11 e 14 anos, precisaram de socorridos pelo Corpo de Bombeiros após serem atingidos pelo gás. A guarda disse que instaurou um inquérito interno na corregedoria para apurar os fatos ocorridos na escola. Caso haja ilegalidade nas ações doa agentes, haverá punição.

Inicialmente, a GCM disse que foi à escola devido as constantes relatos de brigas. Porém, a Secretaria Municipal de Educação disse que não tinha conhecimento desses casos de violência na unidade e nem da presença da guarda.

Depoimentos

A PC já começou a ouvir os servidores da unidade de educação, além dos pais e estudantes. Segundo a delegada Josy Alves, as pessoas ouvidas até o momento disseram que os guardas fizeram ameaças e também constrangeram os alunos. Uma estudante, inclusive, contou que viveu momentos “assustadores” durante a ação da guarda na escola.

“Disseram em suma que os guardas municipais proferiram dizeres ameaçadores que os deixaram constrangidos e acuados. Algumas crianças estavam passando mal em virtude do gás e outras passaram mal em virtude desse pânico que foi criado na sala. Esses professores estavam em sala e o que eles mais presenciaram foi o pânico coletivo. Eles viram as crianças chegarem na sala, começarem a passar mal, olho ardendo, garganta fechando e isso foi gerando um pânico que se alastrou por toda escola”, disse a investigadora.

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Início do Verão: O que esperar nas previsões climáticas?

O verão no Hemisfério Sul iniciou neste sábado, 21, às 6h20 (horário de Brasília), trazendo mudanças rápidas nas condições do tempo. Caracterizado por chuvas intensas e ventos fortes, este período também marca os dias mais longos e temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña terá uma duração mais curta nesta estação. A probabilidade de prevalecimento dessas condições é de 60% entre janeiro e março, caindo progressivamente para 40% entre fevereiro e abril de 2025. A meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho, explica que as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país.

Regiões afetadas pelas previsões

A região Norte é uma exceção, com previsão de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, as chuvas devem ficar entre o normal e abaixo da média. “Mesmo com a previsão de chuvas abaixo da média, no noroeste do Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos”, pondera Maytê Coutinho.

Na região Sul, onde os volumes de chuvas são naturalmente menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Condições oceânicas e zona de convergência intertropical

As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica. Essas condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

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