Guedes afirma que o Brasil sofreu maior redução da pobreza dos últimos 40 anos

Redução da Pobreza

Em discurso nos Estado Unidos, nesta quarta-feira (13), Paulo Guedes disse que o auxílio emergencial proporcionou a maior redução da pobreza já vista nos últimos 40 anos. Por conta da pandemia da Covid-19, o governo federal desembolsou cerca de R$ 300 bilhões para pagar uma ajuda mensal a vulneráveis.

“O Brasil gastou duas vezes mais que a média dos países emergentes em assistência social. Foi o maior impacto na pobreza que já tivemos”, afirmou Guedes durante evento do Atlantic Council, em Washington (EUA).

Para o ministro, transferências diretas de renda são solução para pobreza e desigualdade.

“Claro que temos que investir em educação e saúde (também). Quanto mais cedo investimos nas pessoas, mais chances de igualdade (de renda)”, afirmou.

Guedes disse ainda que o pagamento do auxílio contribuiu para o aumento da inflação, principalmente em itens alimentícios e de habitação. Mas ele ressaltou que o Brasil aprovou a autonomia do Banco Central e também que o fenômeno inflacionário tem sido observado em todo o mundo.

Alta na cesta básica

Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) identificou que, entre março de 2020 e março deste ano, a cesta básica teve um aumento de 27% no valor. Em contrapartida, o auxílio emergencial caiu 58%.

O aumento significativo da cesta se deve à inflação nos valores de alguns produtos como óleo de soja, o arroz e a carne de segunda, que subiram respectivamente 88,89%, 69,44% e 29,51%.

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Ex-marqueteiro de Milei é indiciado pela PF por tentativa de golpe

Fernando Cerimedo, um influenciador argentino e ex-estrategista do presidente argentino Javier Milei, é o único estrangeiro na lista de 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) por sua suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. Essas indecisões foram anunciadas na quinta-feira, 21 de novembro.

Cerimedo é aliado do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e teria atuado no ‘Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral’, um dos grupos identificados pelas investigações. Além dele, outras 36 pessoas foram indiciadas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta seu terceiro indiciamento em 2024.

Em 2022, o influenciador foi uma das vozes nas redes sociais que espalhou notícias falsas informando que a votação havia sido fraudada e que, na verdade, Bolsonaro teria vencido Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas urnas.

Além disso, ele também foi responsável por divulgar um ‘dossiê’ com um conjunto de informações falsas sobre eleições no país. Em vídeos, ele disse que algumas urnas fabricadas antes de 2020 teriam dois programas rodando juntos, indicando que elas poderiam ter falhas durante a contagem de votos.

Investigações

As investigações, que duraram quase dois anos, envolveram quebras de sigilos telemático, telefônico, bancário e fiscal, além de colaboração premiada, buscas e apreensões. A PF identificou vários núcleos dentro do grupo golpista, como o ‘Núcleo Responsável por Incitar Militares a Aderirem ao Golpe de Estado’, ‘Núcleo Jurídico’, ‘Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas’, ‘Núcleo de Inteligência Paralela’ e ‘Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas’.

Os indiciados responderão pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A lista inclui 25 militares, entre eles os generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, todos ex-ministros de Jair Bolsonaro. O salário desses militares, que variam de R$ 10.027,26 a R$ 37.988,22, custa à União R$ 675 mil por mês, totalizando R$ 8,78 milhões por ano.

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