Em discurso nos Estado Unidos, nesta quarta-feira (13), Paulo Guedes disse que o auxílio emergencial proporcionou a maior redução da pobreza já vista nos últimos 40 anos. Por conta da pandemia da Covid-19, o governo federal desembolsou cerca de R$ 300 bilhões para pagar uma ajuda mensal a vulneráveis.
“O Brasil gastou duas vezes mais que a média dos países emergentes em assistência social. Foi o maior impacto na pobreza que já tivemos”, afirmou Guedes durante evento do Atlantic Council, em Washington (EUA).
Para o ministro, transferências diretas de renda são solução para pobreza e desigualdade.
“Claro que temos que investir em educação e saúde (também). Quanto mais cedo investimos nas pessoas, mais chances de igualdade (de renda)”, afirmou.
Guedes disse ainda que o pagamento do auxílio contribuiu para o aumento da inflação, principalmente em itens alimentícios e de habitação. Mas ele ressaltou que o Brasil aprovou a autonomia do Banco Central e também que o fenômeno inflacionário tem sido observado em todo o mundo.
Alta na cesta básica
Um levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) identificou que, entre março de 2020 e março deste ano, a cesta básica teve um aumento de 27% no valor. Em contrapartida, o auxílio emergencial caiu 58%.
O aumento significativo da cesta se deve à inflação nos valores de alguns produtos como óleo de soja, o arroz e a carne de segunda, que subiram respectivamente 88,89%, 69,44% e 29,51%.