Guedes participou de decisões que atrasaram compra de vacinas contra Covid-19

Documentos entregues à CPI da Covid mostram o envolvimento do ministro da Economia, Paulo Guedes no atraso de aquisição de vacinas contra a covid-19. O documento obtido pela Folha de S. Paulo mostra que Guedes temia os efeitos adversos à vacina e eventuais judicializações.

Uma das condições estabelecida pela farmacêutica seria que o governo precisaria assumir os riscos e custos de eventuais efeitos adversos da vacina. Esse dispositivo foi retirado da MP publicada em janeiro.

Ao ser questionada pela CPI sobre os custos e risco da aquisição de doses, a pasta afirmou que não participava das negociações e que só foi provocada sobre o assunto em março. Mas, fragmentos do documento aponta que Guedes participou na interlocução da compra de doses desde dezembro.

O contrato de aquisição de doses da Pfizer foram assinados em 19 de março graças à iniciativa do Congresso Nacional. Durante esse tempo, o governo negociou a compra de vacinas com intermediários e com suspeitas de superfaturamento.

Paulo Guedes deve ser chamado pela prestar depoimento a CPI novamente. De acordo com o relator da Comissão, Renan Calheiros, disse ao site Metrópoles que a convocação do ministro é ”imprescindível”.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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