Guerra entre facções no Morro dos Macacos: ‘delivery’ de armas e munição

Disputa de facções no Morro dos Macacos conta com ‘delivery’ de armas e munição

As investigações mostram que um dos chefes do tráfico dos Macacos, Leandro Nunes Botelho, o Scooby, pediu ajuda a um dos criminosos mais procurados do RJ: Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão.

Há pelo menos 1 ano moradores de Vila Isabel, na Zona Norte, estão apavorados com a guerra entre facções no Morro do Macacos. A Polícia Militar descobriu que bandidos do Terceiro Comando Puro (TCP) estão comprando armas e munições em redes sociais, para promover essas invasões.

Nesta terça-feira (7), o clima é de muita apreensão — com o policiamento reforçado na região de Vila Isabel.

De acordo com o setor de inteligência da PM, os armamentos e munições saem de algumas comunidades, como a Nova Holanda, no Complexo da Maré, por exemplo, e seguem de moto até o Morro dos Macacos.

Isso teria acontecido no último domingo (5). A encomenda teria sido feita às 19h e chegou de moto. Houve um intenso confronto e uma mulher foi baleada.

Na noite de segunda (6), moradores registraram um confronto entre traficantes do Morro dos Macacos e do São João, no Engenho Novo, controlado pelo Comando Vermelho (CV).

União De Bandidos

Segundo a PM, a guerra entre traficantes do CV e do TCP pode ficar ainda mais intensa e sangrenta.

Leandro Nunes Botelho, o Scooby, pediu ajuda a Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão. — Foto: Reprodução

As investigações mostram que um dos chefes do tráfico dos Macacos, Leandro Nunes Botelho, o Scooby, pediu ajuda a um dos criminosos mais procurados do RJ: Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão. O bandido controla o Complexo de Israel.

Com isso, o Morro dos Macacos ganha reforço para enfrentar os rivais do Comando Vermelho, que desde abril do ano passado ocupam o Morro dos Macacos.

Ainda segundo a PM, um dos traficantes responsáveis pelas tentativas de invasão ao Morro dos Macacos é Pedro Lucas Adriano do Nascimento, o Titauro.

Bandeira De Israel Em Caixa D’Água

Nesta segunda, a PM esteve na comunidade e retirou uma bandeira de Israel, que estava em cima de uma caixa d’água, no alto da comunidade. Essa bandeira é um indício de que o bando do traficante Peixão já está marcando território por ali.

Policial militar retira bandeira de Israel em uma caixa d’água no Morro dos Macacos; objeto é usado por bandidos do Terceiro Comando Puro. — Foto: Reprodução

Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, em 2024, foram registrados 80 tiroteios na região. Em 2023, foram 17 confrontos.

Só em dezembro passado, foram 22 registros de troca de tiros. Esse é um número maior que todo o ano de 2023. No ano passado, os confrontos deixaram 12 mortos e 10 feridos.

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Um ano após tempestade fatal, moradores da Baixada Fluminense ainda sofrem com problemas estruturais: relatos no DE Comunidade.

Um ano após a tempestade fatal que assolou a Baixada Fluminense, os moradores ainda enfrentam os mesmos problemas estruturais que contribuíram para a tragédia. O programa O DE Comunidade deste domingo (12) retornou à região para ouvir as vítimas das enchentes que aconteceram há um ano.

Na cidade de São João de Meriti, Dona Jussara Martins teve que adaptar sua casa após a inundação. Sua cama foi elevada com peças de azulejos e a estante da sala foi transformada em uma bancada. Toda essa mudança foi necessária para lidar com as consequências da enchente que danificou diversos móveis. A aposentada relembra a noite do desastre e a necessidade de ajuda dos filhos para lidar com a situação.

A água que entra por todos os lados da casa de Dona Jussara é um problema recorrente. Mesmo após um ano da tempestade, a entrada de água durante as chuvas ainda persiste, causando transtornos e preocupação para a moradora. Os relatos de outros moradores da região também apontam para problemas estruturais que continuam sem solução.

O temporal de um ano atrás resultou em 12 mortes no Grande Rio, sendo que nove delas ocorreram na Baixada Fluminense. As consequências desse desastre natural ainda são visíveis na vida dos moradores locais, que clamam por medidas efetivas para evitar novas tragédias. O DE Comunidade destaca a importância de ouvir as vítimas e de cobrar das autoridades ações concretas para melhorar a infraestrutura da região.

A solidariedade e o apoio da comunidade foram fundamentais para ajudar os moradores a lidar com as consequências da tempestade. O relato de Dona Jussara e de outros moradores mostra a necessidade de um trabalho conjunto entre poder público e sociedade civil para garantir a segurança e o bem-estar da população diante de eventos climáticos extremos.

A casa de Dona Jussara se tornou símbolo das dificuldades enfrentadas pelos moradores da Baixada Fluminense após a tempestade. A adaptação dos espaços e a resistência da comunidade diante das adversidades são exemplos de superação e de luta por melhores condições de vida. A reportagem do DE Comunidade ressalta a importância de não esquecer as vítimas e de continuar cobrando medidas eficazes para prevenir novas tragédias na região.

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