Guilherme Delaroli, presidente em exercício da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), tomou uma decisão drástica nesta terça-feira ao exonerar quatro homens de confiança do presidente afastado Rodrigo Bacellar, do partido União. A ação ocorreu após uma nova operação que resultou na prisão do desembargador Macário Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal (TRF) 2. Ambos estão sendo investigados por vazamento de informações sigilosas, o que levou Delaroli a agir rapidamente.
Um dos exonerados, Rui Carvalho Bulhões Júnior, é considerado o braço-direito e esquerdo de Bacellar na Alerj. Além de chefe de gabinete do presidente afastado, Bulhões é um dos principais articuladores com os deputados na casa. Sócio de Bacellar em uma empresa de eventos, ele foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que culminou em sua exoneração.
Também foram exonerados o diretor-Geral da Assembleia, Marcos de Brito, e o procurador Robson Maciel, ambos assessores de extrema confiança de Bacellar. Marcio Bruno Carvalho, assessor especial do plenário, também foi demitido por Delaroli. A limpeza feita pelo presidente em exercício mostra sua determinação em combater possíveis irregularidades na Alerj.
A Operação Unha e Carne, desenvolvida pela Polícia Federal, teve como objetivo investigar o vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun para membros do Comando Vermelho. Além de Bacellar, foram cumpridos mandados no Espírito Santo. Macário Júdice Neto, relator do caso TH Joias, foi preso, dando continuidade às ações de combate à corrupção e vazamento de informações.
O desembargador Macário Júdice Neto possui um histórico controverso, com afastamentos anteriores relacionados a supostas irregularidades. Sua prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, mas a defesa do magistrado afirmou que ele foi induzido ao erro e que apresentará esclarecimentos nos autos. A situação expõe a complexidade e os desafios enfrentados no cenário político e judicial do Rio de Janeiro.
A postura firme de Guilherme Delaroli ao exonerar os três assessores de Bacellar demonstra um compromisso com a transparência e a investigação de condutas inadequadas na Alerj. A operação da PF, que resultou na prisão do desembargador Júdice, reforça a importância de combater a corrupção e o vazamento de informações sigilosas. A sociedade espera por ações enérgicas e transparentes para garantir a integridade e a ética no cenário político do estado.




