Pré-candidato a prefeito de Goiânia, o deputado federal Gustavo Gayer (PL) segue a saga de expor os colegas parlamentares que votam favoráveis a projetos de lei enviados pelo Palácio do Planalto ao Congresso Nacional ou em matérias de iniciativa dos próprios deputados que não pertencem ao espectro ideológico da “direita”.
Nesta última semana, Gayer divulgou os nomes, acompanhados das respectivas imagens, dos seguintes deputados que votaram favoráveis, em segundo turno, à PEC 45/2019, que trata da Reforma Tributária: Adriana Accorsi (PT), Adriano Avelar (PP), Célio Silveira (MDB), Hildo do Candango (Republicanos), Ismael Alexandrino (PSD), Lêda Borges (PSDB), José Nelto (PP), Marussa Boldrin (MDB) e Rubens Otoni (PT). Nem mesmo a líder da bancada goiana na Câmara, a deputada Flávia Morais (PDT), foi “poupada”.
Gayer alega, em suas redes sociais, que a exposição é necessária para que os eleitores conheçam os deputados que “contribuíram” para que o Brasil tivesse o “maior imposto do mundo”. E vai além: “Podem me odiar o quanto quiserem, mas eu vou sempre divulgar os votos que ajudam a destruir o nosso país”.
A postura de Gayer faz com que alguns de seus colegas deputados tenham ressalvas e mantenham-se mais reservados em relação a ele – não que Gayer se importe com isso, claro. Mas fato é que hoje em dia, os parlamentares preferem não polemizar; acabam dando de ombros a este tipo de divulgação feita pelo parlamentar do PL.
Mas já houve períodos mais tensos, como no primeiro semestre de 2023, quando Gayer afirmou nas redes sociais que Silvye Alves (UB) havia se “rendido ao PT” por ter votado a favor da Medida Provisória que alterava a estrutura da Esplanada dos Ministérios. Ela acabou ameaçada por bolsonaristas radicais, via redes sociais, e o chamou de “covarde”, “canalha” e “sem escrúpulos”.