Última atualização 23/02/2024 | 10:27
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) causou polêmicas ao compartilhar nas redes sociais uma foto onde compara o presidente Lula ao nazismo e ao terrorismo. Na imagem, postada nesta quarta-feira, 21, o chefe de estado aparece com uma bandana do Hamas e uma faixa de suástica no braço, além de carregar uma arma de fogo. O X (antigo Twitter) apagou a montagem horas depois.
Na legenda, Gayer disse aos seguidores que Lula havia pedido para usar a montagem como foto em os ministérios e estatais. O deputado fez a publicação logo após Lula se tornar uma ‘persona non grata’ em Israel, depois que associou as ações do exército israelense na Faixa de Gaza com o Holocausto.
Nos comentários, internautas reprovaram a postagem e avisaram sobre o teor da imagem compartilhada. “Aí a PF (Polícia Federal) bate na porta e diz que é perseguido!”, escreveu um internauta. “Presidente Lula, veja essa postagem sórdida do deputado Gustavo Gayer. Isto é absolutamente nojento e ultrajante”, opinou outro usuário.
Horas após a postagem, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notificação extrajudicial pedindo para que a rede social X (antigo Twitter) retirasse a postagem imediatamente. O órgão informou que o deputado goiano “houve clara intenção do parlamentar em associar o presidente da República ao terrorismo, ao nazismo e a posições antissemitas”.
A AGU acusou Gayer pelos crimes de difamação e de apresentar indícios da ocorrência de calúnia. “A publicação feita pelo usuário ora denunciado é manifestamente criminosa, consistindo em discurso odioso e que, portanto, não pode permanecer sendo veiculado na plataforma, sendo imperiosa a sua remoção”, argumenta a AGU.