Gustavo Gayer publica montagem de Lula usando faixa do Hamas e suástica

Gustavo Gayer publica montagem de Lula usando faixa do Hamas e suástica

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) causou polêmicas ao compartilhar nas redes sociais uma foto onde compara o presidente Lula ao nazismo e ao terrorismo. Na imagem, postada nesta quarta-feira, 21, o chefe de estado aparece com uma bandana do Hamas e uma faixa de suástica no braço, além de carregar uma arma de fogo. O X (antigo Twitter) apagou a montagem horas depois.

Na legenda, Gayer disse aos seguidores que Lula havia pedido para usar a montagem como foto em os ministérios e estatais. O deputado fez a publicação logo após Lula se tornar uma ‘persona non grata’ em Israel, depois que associou as ações do exército israelense na Faixa de Gaza com o Holocausto.

Nos comentários, internautas reprovaram a postagem e avisaram sobre o teor da imagem compartilhada. “Aí a PF (Polícia Federal) bate na porta e diz que é perseguido!”, escreveu um internauta. “Presidente Lula, veja essa postagem sórdida do deputado Gustavo Gayer. Isto é absolutamente nojento e ultrajante”, opinou outro usuário.

Horas após a postagem, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notificação extrajudicial pedindo para que a rede social X (antigo Twitter) retirasse a postagem imediatamente. O órgão informou que o deputado goiano “houve clara intenção do parlamentar em associar o presidente da República ao terrorismo, ao nazismo e a posições antissemitas”.

A AGU acusou Gayer pelos crimes de difamação e de apresentar indícios da ocorrência de calúnia. “A publicação feita pelo usuário ora denunciado é manifestamente criminosa, consistindo em discurso odioso e que, portanto, não pode permanecer sendo veiculado na plataforma, sendo imperiosa a sua remoção”, argumenta a AGU.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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