Hacker admite invasão de sistemas governamentais para vender dados: depoimento chocante

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Hacker nega que ameaçou Felca, mas admite que invadia sistemas do governo para vender dados; veja depoimento

Cayo Lucas Rodrigues dos Santos é investigado por exploração de menores na internet. Segundo documento, ele disse que chegou a receber mais de R$ 500 mil para roubar dados armazenados em plataformas de serviços públicos.

Preso por ameaçar Felca é preso em Olinda pela Polícia Civil de SP – Foto: Reprodução/Polícia Civil

Após ser preso por suspeita de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, o hacker Cayo Lucas Rodrigues dos Santos negou, em depoimento à Polícia Civil, ser o autor das ameaças, mas admitiu que invadia sistemas do governo para vender dados de forma indevida.

O DE teve acesso ao relato registrado na Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, localizada no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. Segundo o documento, o hacker contou que roubava dados armazenados em sistemas de órgãos do governo federal e de outros estados e afirmou que, só com esse “serviço”, chegou a receber mais de R$ 500 mil.

Cayo foi preso em Olinda, pela Polícia Civil de São Paulo, por suspeita de enviar e-mails com ameaças a Felca (veja vídeo abaixo). Em 6 de agosto, o youtuber publicou o vídeo-denúncia sobre exploração e abuso de crianças e adolescentes na internet. Cayo é investigado por exploração de menores nas redes sociais e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça (saiba mais abaixo).

Conforme o depoimento, entre os sistemas fraudados pelo hacker, estão o “Polícia Ágil”, da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) ; o “CadSUS”, do governo federal; e o “CEREBRUM”, da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. Todos eles são programas utilizados pela polícia e por outros órgãos públicos.

Ainda de acordo com o documento, o hacker disse que recebia dinheiro para diversos serviços, como: emissão de mandados de prisão; revogação de mandados de prisão; inclusão de dívidas no Serasa; alteração de informações nos cadastros do Sistema Único de Saúde (SUS); alteração de informações na Receita Federal; bloqueio de contas bancárias; consulta de dados sigilosos de terceiros.

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