Os principais sintomas da doença são manchas claras ou vermelhas na pele que causam a perda da sensibilidade
Os dados disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) revela uma queda nos registros de hanseníase entre 2015 e 2017. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) permanece em estado de alerta por considerar que é um problema de saúde pública no país. O brasil é o segundo colocado no ranking da hanseníase, atrás apenas da Índia.
Os principais sintomas da doença são manchas claras ou vermelhas na pele que causam a perda da sensibilidade. Esses indícios acometem as pernas e os braços, mas pode aparecer em outras partes do corpo. A doença é tão complexa que quando é ultrapassado a barreira cutânea e atinge os nervos, o contaminado perde a força e a mobilidade dos membros.
Um dos grandes desafios no diagnóstico precoce da hanseníase é o número de casos da doença em crianças. Nas regiões do Brasil onde é prevalente, o sinal de ocorrência da doença na população expõe a criança ao contato com o bacilo e consequentemente com a enfermidade.
Segundo o médico patologista Juarez Quaresma, membro da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), a doença não é transmitida pelo toque. “Ela se instala em pessoas com baixa imunidade após o contato direto com gotículas de saliva ou secreção do nariz de pessoas já infectadas”, afirma.
Tratamento
Para avaliar se o paciente possui a doença é realizado uma avaliação em clínicas dermatoneurológicas. O testes de força motora e de sensibilidade é feito por meio da palpação dos nervos. Após o resultado dos exames externos, os dermatologistas indicam testes complementares, como por exemplo, a baciloscopia. Com o resultado final dos exames, o tratamento pode ser realizado pelo SUS, a duração é entre 6 meses e 1 ano.
O período do tratamento depende da forma clínica em que a doença se apresenta. As características da doença podem ser: boderline, indeterminada, tuberculoide, virchowiana e dimorfa.