O Haras em Manaus já registra nove mortes de cavalos por suspeita de intoxicação, com a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) investigando o caso. No sábado, três animais faleceram, e no domingo, mais seis perderam a vida. Além disso, outros cavalos estão gravemente doentes, com um em estado crítico. Com as novas mortes, o total de óbitos no Haras chega a nove.
As mortes foram confirmadas após os cavalos serem encontrados mortos pela manhã, possivelmente devido à ingestão de uma toxina. Os sintomas são semelhantes aos do botulismo, agravando a situação. A Universidade Nilton Lins, responsável pelo local, tomou medidas imediatas para proteger os demais animais e elucidar a situação.
A Universidade informou que todos os animais estão sendo assistidos e acompanhados por equipes de médicos veterinários 24 horas por dia. A Unidade Local de Sanidade Animal e Vegetal, da Agência de Defesa Agropecuária (Adaf), iniciou uma investigação para identificar a origem da contaminação e evitar novos casos no Haras.
A Adaf enviou um veterinário e um técnico ao local para iniciar a investigação das possíveis causas das mortes dos cavalos. A coleta de material biológico e exames laboratoriais estão sendo realizados, juntamente com análises do feno utilizado na alimentação dos animais, visando identificar a fonte da intoxicação.
Medidas preventivas foram adotadas pela Nilton Lins, como o isolamento da área afetada, reforço no atendimento veterinário, desinfecção rigorosa, troca de insumos alimentares e monitoramento constante dos animais. A universidade assegura colaborar com as autoridades competentes para identificar a origem da toxina.
Priscila Meneses, mãe de um dos donos dos cavalos, relatou que a intoxicação foi coletiva e que os tratamentos possíveis são apenas paliativos, sem garantias de sobrevivência. Ela também denunciou o enterro dos corpos dos cavalos sem critérios sanitários adequados. O botulismo é uma doença grave causada pela ingestão da toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, podendo levar à insuficiência respiratória e óbito.
A seriedade da situação no Haras de Manaus evidencia a necessidade de medidas preventivas e investigativas eficazes para proteger os animais e evitar novos casos de intoxicação. A colaboração entre as autoridades e a universidade é fundamental para elucidar a origem da toxina e garantir a segurança dos cavalos no local.