Haroldo Costa: Legado do Estandarte de Ouro e Cultura Carnavalesca Brasileira

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Ator, diretor e jurado do Estandarte de Ouro, Haroldo Costa deixou um legado inestimável para o teatro, cinema e cultura brasileira. Aos 95 anos, ele nos deixa após uma carreira repleta de momentos históricos e contribuições significativas para as festividades carnavalescas do país. Integrante do corpo de jurados do ‘Estandarte de Ouro’ desde 1972, Haroldo era uma figura respeitada e querida por todos que o conheciam. Sua morte foi confirmada pela família em suas redes sociais, e em breve serão divulgadas informações sobre o velório e sepultamento.

Com um sorriso fácil e uma fala mansa, Haroldo Costa completou 95 anos em maio, celebrando a vida e alegria que sempre transmitiu. Presidente do júri do Estandarte de Ouro, Marcelo de Mello ressaltou a importância de Haroldo para o prêmio, destacando sua credibilidade e conhecimento ímpar sobre o carnaval brasileiro. Sua presença no júri era um reflexo de sua vasta experiência e contribuição para a cultura carnavalesca.

Ao longo de mais de sete décadas, Haroldo Costa se dedicou ao carnaval e à cultura afro-brasileira. Sua paixão pelo Salgueiro, agremiação que adotou após um desfile marcante em 1963, o tornou um dos maiores pilares da escola de samba. Sua trajetória como pesquisador incansável, escritor essencial, ator, diretor, jornalista e produtor contribuiu para preservar e enaltecer a história do samba e do Carnaval no Brasil.

Além de sua atuação no carnaval, Haroldo teve uma carreira marcante na televisão brasileira. Seu início nos teleteatros da TV Tupi o levaram a se tornar diretor de musicais na TV Globo, participando de produções memoráveis, como a novela ‘A Moreninha’ e o programa ‘Fantástico’. Como autor de diversos livros sobre o carnaval carioca e a cultura brasileira, Haroldo deixou um legado literário que continua a inspirar gerações.

O Salgueiro, sua grande paixão, prestou uma emocionante homenagem a Haroldo Costa, destacando sua importância como memória viva da escola e defensor do samba e da cultura afro-brasileira. Seu legado como um intelectual negro que sempre valorizou suas raízes e identidade ressoa em cada palavra e registro que deixou para a posteridade. A Liesa também lamentou sua morte, reconhecendo seu talento e dedicação ao samba e ao carnaval ao longo de toda sua vida.

A perda de Haroldo Costa é sentida profundamente não apenas no mundo do carnaval, mas em toda a cultura brasileira. Sua dedicação, conhecimento e amor pelo samba e pela história do Brasil deixam um vazio que jamais será preenchido. Seu legado transcende gerações e continuará a inspirar todos aqueles que reconhecem a importância do carnaval e da cultura afro-brasileira em nossa sociedade. Que sua memória permaneça viva e seu exemplo seja uma fonte de inspiração para as futuras gerações.

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