Hecad lança e-book para orientar pais de crianças com fissuras labiopalatinas

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) disponibilizou, nesta sexta-feira ,23, um e-book com orientações para pais de crianças com fendas labiopalatinas, popularmente conhecidas como “lábio leporino”. A malformação congênita atinge uma a cada 650 crianças nascidas vivas no Brasil.

Segundo a diretora-geral do Hecad, Mônica Costa, a publicação traz respostas a dúvidas frequentes dos pais, explica todas as etapas do tratamento e especifica os cuidados necessários para a reabilitação integral das crianças. “Sabemos que muitas vezes a fenda no lábio ou céu da boca (palato) só é descoberta quando a criança nasce e os pais ficam angustiados por não saber como lidar com a situação. Por isso, elaboramos um material completo para orientar e informar sobre o tratamento de forma simples e detalhada”, afirmou a diretora.

Em 24 de junho é celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre Fissuras Labiopalatinas, instituído para ampliar a visibilidade do tema, disseminar informações sobre os tratamentos disponíveis e combater o preconceito. O Hecad é a unidade de referência para o tratamento de pacientes fissurados em Goiás, por meio do Centro de Reabilitação de Fissuras Labiopalatinas (Cerfis).

A programação preparada pelo hospital para a data incluiu também aula para médicos residentes sobre o manejo clínico e as linhas de condução do tratamento, além de palestra sobre a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para a reabilitação das crianças com a condição.

Tratamento

O Cerfis oferece atendimento multiprofissional e gratuito para a reabilitação de pacientes com fissuras labiopalatinas, com cirurgiões plásticos, cirurgiões bucomaxilofaciais, dentistas, psicólogos, fonoaudiólogos e assistentes sociais. Neste ano, a fila de espera para realização de cirurgias que compõem o tratamento de pacientes fissurados foi zerada pela instituição.

O supervisor do Cerfis, Leonardo Andrade, explica que o tratamento tem várias fases e é de longa duração. “A conscientização e adesão dos pais ao plano terapêutico para a reabilitação do paciente é fundamental para que o tratamento seja realizado no tempo correto em cada uma das etapas e a criança consiga se alimentar, falar e crescer com autoestima e saúde”, salientou.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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