Helicóptero se choca contra rio na Argentina após manobras perigosas

Um helicóptero protagonizou uma tragédia no rio Paraná, na Argentina, no último domingo, 26. O piloto, identificado como Gustavo Degliantoni, de 71 anos, realizava manobras perigosas que foram filmadas por testemunhas momentos antes do acidente.

Por volta das 18h30, o piloto perdeu o controle da aeronave, modelo Robinson 55 vermelho, com capacidade para quatro pessoas, resultando no impacto contra a água. O acidente foi registrado por banhistas do litoral norte da cidade de Rosário.

Três acompanhantes, identificados como Rubén Calderone (76), Rubén Ojeda (63) e Osvaldo Iommi (70), foram resgatados por embarcações na área, sofrendo apenas ferimentos leves.

Conhecido empresário local, Gustavo Degliantoni foi piloto da Turismo Carretera entre 1983 e 1985. Durante sua passagem pelo automobilismo dividiu equipe com Juan María Traverso, com quem fez grande amizade fora das pistas.

Quatro barcos se aproximaram inicialmente para colaborar no resgate. Tudo com grupos de famílias que utilizaram os materiais que tinham à disposição, desde um remo como alavanca, até uma corda para que quem estava dentro do helicóptero se segurasse e saísse.

As imagens chocantes, amplamente compartilhadas nas redes sociais, documentam desde as manobras arriscadas até o momento do impacto e o subsequente resgate. Este incidente ocorre semanas após um acidente semelhante na região de Villa Cañás, onde um avião militar L-29 se chocou durante um show de acrobacias, resultando em duas vítimas fatais.

Os vídeos compartilhados nas redes sociais se tornaram virais. Internautas comentaram a imprudência com que o piloto do helicóptero se comportou: “há várias horas ele estava a fazer aquelas piruetas”, “estava a fazer loucuras com o helicóptero”, “colocou-nos a todos em perigo”, foram algumas das palavras que as testemunhas partilharam.

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos