Hemocentro alerta para queda no estoque de sangue

A Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos (Rede Hemo) inicia o mês de outubro com uma preocupante queda no estoque de sangue, especialmente nos tipos negativos A-, B-, O- e AB-. Este déficit gera um impacto significativo nas 223 unidades de saúde atendidas pela rede em todo o estado de Goiás.
 
O alerta do Hemocentro tem como objetivo garantir a manutenção do estoque de sangue para a continuidade do atendimento ininterrupto aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A queda no estoque de sangue é particularmente crítica, pois os tipos de sangue de fatores negativos são os mais utilizados em situações de emergência nas unidades de saúde atendidas pela Rede Hemo.
 
A diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, faz um apelo para que as pessoas realizem a doação. “Apesar de o estoque do Hemocentro estar em um nível seguro, estamos com déficit de 22%. Por isso, pedimos o apoio da população, para que quem ainda não veio fazer sua doação nesses últimos três meses, ou ainda não é doador, que venha doar. É um gesto simples, rápido, mas que é capaz de salvar até quatro vidas. O tempo entre a triagem e a coleta dura menos de uma hora”, ressalta.
 
Além disso, Ana Cristina destaca que é importante estar atento aos critérios para doação de sangue. “Os pontos de atenção vão desde local e hora para doação até doenças ou situações impeditivas. Para fazer uma doação de sangue é necessário estar saudável, ter peso acima de 50 kg, apresentar documento com foto válido em todo o território nacional e idade entre 16 e 69 anos, sendo que, antes de completar 18 anos, é necessária uma autorização dos pais ou responsáveis.”
 
Para aqueles interessados em doar, a Rede Hemo disponibiliza várias opções de locais para doação. Em Goiânia, o Hemocentro Coordenador Estadual Prof. Nion Albernaz funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, e, aos sábados, das 8 às 12 horas. Nas unidades da Rede Hemo localizadas no interior (Rio Verde, Catalão, Jataí, Ceres, Iporá, Quirinópolis, Formosa e Porangatu), o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas.
 
A Rede Hemo também oferece o agendamento prévio das doações por meio do site agenda.hemocentro.org.br ou pelo telefone 0800 642 0457. No Hemocentro de Goiânia e de Rio Verde, os voluntários podem agendar doação de plaquetas, um tipo de hemocomponente utilizado no tratamento de pacientes oncológicos e de doenças como dengue e covid-19.
 
Empresas ou instituições podem solicitar a unidade móvel do Hemocentro para realização de ações de coletas de sangue e cadastro de doadores de medula óssea. Para o agendamento da ação, é necessário ter a confirmação de 120 pessoas interessadas em participar e fazer uma solicitação via e-mail, por meio do endereço [email protected] ou pelo telefone (62) 3231-7925.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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