Última atualização 01/06/2023 | 18:29
O Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz retomou o envio de plasma à Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). O primeiro lote é de 1,2 mil unidades. O plasma é usado na produção de medicamentos biológicos, como o Fator 8 e 9, para tratamento de pacientes com coagulopatias, como a hemofilia, e na produção de imunoglobulina e albumina humana.
A autorização do Ministério da Saúde (MS) coloca a unidade entre as 55 de serviços de hemoterapia que retomam o envio de plasma à Hemobrás, no Brasil. A distribuição estava suspensa no estado há 15 anos e, no país, há cerca de sete anos.
Trata-se de uma grande conquista para a saúde estadual, na avaliação do secretário Sérgio Vencio.
“Esse material biológico, que seria descartado, gerando custo para o Hemocentro, vai virar medicação. Um kit de imunoglobulina custa R$ 35 mil, e nós usamos como rotina nos hospitais de alta complexidade da rede estadual. E isso só foi possível devido ao alto grau de investimento que o governador Ronaldo Caiado fez na saúde”, explica.
Vencio cita, por exemplo, a entrega do novo e moderno prédio, equipamentos tecnológicos e equipe técnica de excelência ao Hemocentro, que coordena a doação de sangue, hemoderivados e realiza os cadastros de medula óssea em todo estado.
“Enfim, são investimentos para que toda a logística de captação de sangue, armazenamento, congelamento e toda a parte de qualidade pudesse ser aprovada e a gente entrasse nesse rol seletíssimo de hemocentros que podem hoje fornecer esse plasma para a Hemobrás”, acrescenta.
Pacientes
A Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) atende 667 pacientes portadores de coagulopatias, como hemofilia A, B. Entre eles, Odair de Jesus Faria, 46 anos, que veio a Goiânia a passeio e passou mal. Ele buscou socorro no Hemocentro, que o repassa os medicamentos regularmente.
“Sofri muito, mas hoje minha vida está 95% melhor”, comemora. Alívio semelhante tem Keila dos Santos, em relação ao filho Enzo Gabriel, 5 anos, que recebe o Fator 8 do Hemocentro. “Ele faz tratamento mensal, com uma equipe multidisciplinar muito boa, e tem uma qualidade de vida ótima”, afirma.
Plasma
Para reconquistar a autorização para fornecer plasma, o Hemocentro Coordenador recebeu, recentemente, auditores da Hemobrás que conheceram os processos de trabalho, sobretudo na produção de plasma e capacidade de armazenamento, para atestar boas práticas e planejar a logística de recolhimento do plasma excedente para o envio à indústria.
“O Hemocentro de Goiânia é excelente, desde o ciclo do sangue, cadastro, recepção, triagem hematológica, coleta, toda a estrutura de forma geral”, garantiu Márcio de Almeida Pinto, da H2 Assessoria e Consultoria da Octapharma, em relatório no encerramento da visita.