Hemocentro promove campanha de doação de plasma para tratamento da Covid-19

Médica do Hemocentro, a Dra. Maria Amorelli concedeu entrevista ao Diário do Estado na tarde desta quarta-feira, dia 5, para falar da campanha realizada pelo hospital, que pode salvar vidas durante a pandemia.

Amorelli explica que os pacientes que já tiveram a Covid-19 podem desenvolver imunidade contra a doença. É nisso que se baseia o projeto: tentar enfraquecer a Covid nos infectados, ou imunizar quem ainda não contraiu a doença.

Funciona assim: O indivíduo doa normalmente o sangue ao hemocentro, mas só a parte do plasma, que contém os anticorpos, serão utilizados. A outra parte do sangue é devolvida ao paciente. Esses anticorpos, por transfusão, serão colocados na corrente sanguínea de outros pacientes que estejam principalmente em estágios graves da Covid.

“Isso funciona assim, na forma de uma vacina passiva”, explica a doutora. “Esses anticorpos vão durar pouco, que naquele momento, para uma pessoa que está com uma doença grave, com Covid grave, pneumonia, insuficiência respiratória… precisando de ventilação mecânica e que não está conseguindo combater a doença, esse plasma tem esse intuito de ajudar os mais graves”, conclui.

Maria Amorelli também explica alguns pré-requisitos para ser doador: ter contraído Covid e se curado (também desenvolvido anticorpos), ter mais de 18 anos, menos de 60 e ainda “homens e mulheres que nunca tiveram filhos”, lembra na entrevista.

Para participar e ser doador, basta entrar nas redes sociais do hemocentro, onde estão todas as informações necessárias. Ou assista a entrevista aqui, na íntegra, em que a Médica explica tudo o que você precisa saber:

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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