Henrique Meirelles e Daniel prometem aliança em Goiás

Apontado como candidato do centro que pode atrair votos de eleitores insatisfeitos com os de extrema direita ou esquerda, Meirelles falou, em entrevista coletiva, sobre a fragmentação das candidaturas

O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, visitou na manhã desta quinta-feira a feira do agronegócio “Tecnoshow Comigo”, em Rio Verde, ao lado do pré-candidato ao governo de Goiás Daniel Vilela. Meirelles tem se colocado como possível candidato à presidência da República.

Apontado como candidato do centro que pode atrair votos de eleitores insatisfeitos com os de extrema direita ou esquerda, Meirelles falou, em entrevista coletiva, sobre a fragmentação das candidaturas.

“Esse problema de pulverização será resolvido pelos eleitores que vão verificando quais sãos os candidatos que possuem mais potencial de crescimento. Está muito cedo pra isso e cada um está fazendo a sua escolha. Ou não. A população está indecisa e não necessariamente gosta dos extremos, mas também não escolheu um candidato razoável, de bom senso, adequado”, especulou.

O ex-ministro ainda afirmou que acredita que o candidato do centro deve ser escolhido pelo eleitor e não por um “acordo de bastidor”. “Vamos chegar em agosto, setembro com um quadro muito melhor definido”, finalizou.

Ao ser perguntado sobre a parceria com Daniel Vilela, Meirelles se mostrou otimista. “Essa dobradinha é forte e vitoriosa”.

Para ficar livre para concorrer nas próximas eleições, Meirelles se desincompatibilizou do cargo de ministro na última semana.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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