Herso realiza 4ª captação de órgãos no ano e a 1ª de pulmão fora de Goiânia

O Hospital Estadual de Santa Helena de Goiás Dr. Albanir Faleiros Machado (Herso), unidade do Governo de Goiás sob a gestão do Instituto de Planejamento e Gestão de Serviços Especializados (IPGSE), realizou nesta quarta-feira (19/07) sua quarta captação de órgãos do ano, beneficiando até sete pessoas na fila de transplantes.

O Herso, mais uma vez, contou com o altruísmo de uma família que autorizou a doação de órgãos. Com o apoio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), foi realizado o transporte de um coração e pulmões para o estado de São Paulo. Além disso, uma aeronave do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás realizou o transporte de outros órgãos até Goiânia. Um fígado, dois rins e duas córneas foram destinados a pacientes de Goiás que aguardavam na fila de transplantes e apresentaram compatibilidade para a doação.

A operação envolveu cerca de 30 profissionais, incluindo colaboradores do Herso, da Organização de Procura de Órgãos do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) e da Fundação Banco de Olhos de Goiás (FUBOG). A retirada dos órgãos destinados a pacientes goianos foi realizada por essas equipes, enquanto a captação do coração e dos pulmões foi conduzida por uma equipe de São Paulo, com o acompanhamento da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTT) do Herso.

A equipe do Herso recebe treinamento constante sobre os protocolos de morte encefálica, além de instruções sobre o cuidado e a humanização na abordagem e entrevista familiar, promovendo acolhimento e conscientização.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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