No município de Herval d’Oeste, localizado no Oeste de Santa Catarina, a prefeitura decretou situação de emergência devido à estiagem que vem impactando a agricultura, suinocultura e pecuária da região. O decreto, emitido na última sexta-feira (24), aponta a ausência de chuvas significativas há pelo menos 30 dias, com previsão de precipitações abaixo da média nos próximos três meses, segundo informações de órgãos meteorológicos.
Essa situação contrasta com o cenário observado em outras áreas do estado, como Palhoça, na Grande Florianópolis, onde em uma única hora choveu o equivalente ao previsto para todo o mês de janeiro. Na semana anterior, 13 municípios de Santa Catarina já haviam decretado situação de emergência devido ao volume de água, a maioria deles localizados no litoral.
O decreto municipal ressalta os impactos negativos que a estiagem está causando na agricultura, suinocultura e pecuária de Herval d’Oeste, município com cerca de 21.724 habitantes e situado a 164 km de Chapecó, principal cidade da região. Ainda sem uma estimativa precisa das perdas, o prefeito Ronaldo Lorenço da Rosa destacou a importância de flexibilizar o atendimento aos agricultores afetados pela falta de chuvas.
A recomendação para o decreto de situação de emergência partiu da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec), e prevê a mobilização de órgãos municipais para atuar nas ações de resposta ao desastre, além da convocação de voluntários e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade. No entanto, mesmo com alguma precipitação registrada na sexta-feira, o prefeito alertou que ela foi insuficiente para reverter os danos já causados pela estiagem.
Segundo a Epagri/Ciram, órgão responsável por monitorar as condições climáticas em Santa Catarina, há previsão de temporais localizados do centro ao Oeste do estado na quarta-feira (29), mas a situação segue preocupante em Herval d’Oeste. A necessidade de medidas emergenciais é evidente diante do impacto contínuo da estiagem na região, afetando não apenas a produção agrícola, mas também a vida da população local. Medidas como a flexibilização do atendimento aos agricultores e a mobilização de recursos são essenciais para lidar com essa situação de crise.