Última atualização 14/10/2024 | 16:25
O Hospital Estadual Dr Alberto Rassi (HGG) e a Fundação Banco de Olhos de Goiás (Fubog) uniram forças para oferecer serviços especializados a 3 mil pacientes do Centro Estadual de Atenção ao Diabetes (Cead), que estão regulados e fazem acompanhamento pela unidade do Governo de Goiás.
O termo de cooperação foi assinado, na última sexta-feira, 11, pelo secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Reis, e pelo diretor administrativo e financeiro da Fubog, Paulo Renato Manso, que representou o presidente da Fundação, Zander Campos.
Parceria HGG e Fubog
A parceria entre HGG e Fubog inclui consultas oftalmológicas, mapeamento de retina, retinografia fluorescente e fotocoagulação a laser, além de exames realizados com um retinógrafo portátil da Fubog. Caso o uso de laser seja necessário, os pacientes serão encaminhados à Fubog para agendamento e acompanhamento.
Para procedimentos cirúrgicos, o HGG emitirá a Autorização de Internação Hospitalar (AIH), que será enviada à Secretaria de Estado da Saúde (SES) para autorização. Importante ressaltar que o termo não envolve transferência de recursos financeiros entre as partes e todas as atividades serão realizadas sem custo para o Estado.
Atendimento a pacientes com diabetes pelo SUS
Durante seu pronunciamento, o secretário Rasível dos Reis destacou a importância da parceria para os usuários do SUS.
“A complicação mais comum entre os pacientes diabéticos é a retinopatia diabética, que pode levar à cegueira. Agora, com a parceria com a Fundação Banco de Olhos, estamos cuidando desses pacientes e promovendo a prevenção de problemas na retina. O Cead já oferece um atendimento multiprofissional com diversas especialidades”, disse.
“É importante destacar que nem no setor privado, nem em convênios se encontram tantas especialidades e cuidados quanto os que oferecemos aqui, gratuitamente, pelo SUS. Esse é um serviço do qual temos muito orgulho e que já trouxe muitos benefícios. A inclusão da oftalmologia é fundamental. A pedido do governador Ronaldo Caiado, estamos colocando o paciente no centro do cuidado, promovendo qualidade de vida para a população goiana”, acrescentou o secretário.
A médica endocrinologista Cecília Pacheco Elias destacou o avanço que essa parceria representa para os pacientes do Cead.
“Quando atendemos um paciente com diabetes, nossa abordagem deve ser preventiva, evitando complicações, em vez de sermos alarmistas. Essa parceria representa um avanço significativo, pois agora os pacientes podem realizar a retinografia durante as consultas. Esse rastreamento é crucial, pois oferece uma oportunidade de detecção precoce. Com isso, é possível proporcionar um tratamento adequado e eficaz, evitando o maior temor: a perda da visão e os danos irreversíveis.”
O diretor da Fubog, Paulo Renato Manso, enfatizou a importância da parceria.
“A Fundação Banco de Olhos já colabora há bastante tempo, e hoje essa união é oficializada. Nosso objetivo é atender 3 mil pacientes. Temos um projeto da Lions Clube Internacional, o SightFirst, que patrocina este atendimento. A fundação, juntamente com a equipe de saúde, está sempre aberta a dar continuidade ao atendimento dos pacientes com diabetes em Goiás.”
Centro Estadual de Atenção ao Diabetes
A unidade do Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) oferece consultas médicas e multidisciplinares, aulas práticas sobre alimentação, incentivo à atividade física, programa de cuidado para o Pé Diabético e cirurgias metabólicas.
É o único centro em Goiás que atende exclusivamente pacientes com diabetes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os pacientes têm acompanhamento de uma equipe multiprofissional, incluindo enfermeiros, nutricionistas, fisioterapeutas e assistência social.
Outro diferencial da unidade é a assistência ao paciente diabético inclui orientação nutricional, com aulas práticas em uma cozinha experimental que ensina os pacientes a preparar refeições saudáveis e saborosas. O objetivo é proporcionar educação nutricional prática.
A criação do Cead trouxe benefícios significativos aos usuários do SUS, especialmente considerando que o número de endocrinologistas em Goiás é limitado. Em Goiânia, onde a maioria dos profissionais se concentra, poucos atendem planos de saúde. Assim, os tratamentos costumam ser particulares e de alto custo, dificultando o acesso da população.