Última atualização 30/07/2017 | 00:09
Em funcionamento há apenas três meses, o Serviço de Transplantes Renais do Hospital Alberto Rassi – HGG, em Goiânia, já desponta entre as equipes que mais transplantam no Brasil. De acordo com o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), com dados do primeiro semestre de 2017, a unidade é a que mais realizou procedimentos entre os estados do Centro-Oeste e está em 20º lugar no ranking que elenca 186 equipes de diversos hospitais cadastrados no País.
De março até junho, a equipe realizou 34 transplantes, sendo que 26 pacientes receberam órgãos de doador cadáver. Segundo o médico responsável no HGG, Bráulio Ludovico Martins, o hospital deve atingir meta de 60 procedimentos em um ano.
“Superamos as grandes marcas nacionais, tanto em quantidade quanto em qualidade, com taxas de mortalidade e rejeições dentro da média nacional. Este resultado não é só da equipe médica, mas de uma equipe multidisciplinar e de UTI muito comprometida e de uma infraestrutura completa, com excelentes condições de trabalho”, destacou.
Gesto de amor
Com a implantação do Serviço de Transplantes Renais, o HGG vem colecionando histórias de emoção dos que tiveram a vida transformada após receber um novo órgão. É o caso da paciente Ana Karlla da Silva, 30 anos, que dependeu de hemodiálise por oito anos. A cirurgia foi em maio, quando seu único irmão fez a doação. “Foi um gesto de grande amor, pois não é fácil lidar com o pré e pós cirúrgico. Agora posso seguir minha vida no comércio da minha família”, disse.
A aposentada Selmi Maria de Oliveira, também ficou oito anos na hemodiálise e recebeu um rim de doador falecido em março. “Minha vida mudou muito! Não tenho mais a preocupação de acordar cedo e ficar quatro horas presa em uma máquina de hemodiálise. Estou 100% melhor”, avalia. O chaveiro Genival Rodrigues também fez o procedimento em março e já retornou ao trabalho. “Eu sofri um acidente de moto e precisei fazer hemodiálise por três anos. Estou muito feliz com o transplante”, conta.
De acordo com o secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, o bom desempenho do Hospital Alberto Rassi nos transplantes, além de mudar a vida dos pacientes, significa mais economia dos recursos públicos, já que o custo da sessão de hemodiálise é de R$ 5 mil mensais por paciente. Em Goiás, estima-se que existem 3,5 mil pacientes em diálise, segundo a Central de Transplantes.