HGG realiza 1º transplante de medula óssea da rede pública no Estado

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) concedeu alta, nesta terça-feira (07/05), ao primeiro paciente submetido a um transplante de medula óssea na rede pública estadual. O estudante de psicologia Patrick Brunner Vianna de Assis, de 24 anos, estava internado desde 14 de abril, diagnosticado com linfoma de Hodgkin, tipo de câncer no sistema linfático. “Pelos próximos 180 dias, ele vai passar por algumas limitações, mas logo estará livre para viajar e exercer suas atividades habituais”, disse o coordenador do Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG, Adriano de Moraes Arantes.

“Compartilhamos com muita alegria essa excelente notícia para o estudante e para sua família, pois se trata de mais uma conquista para os goianos”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos, durante vistoria às obras de ampliação do Centro de Especialidades do HGG e do Centro Estadual de Atenção ao Diabético (Cead).

Na ocasião, o secretário destacou a evolução da saúde pública em Goiás, em especial na área oncológica. “Este é mais um importante legado do governador Ronaldo Caiado. Antes, só havia tratamento oncológico no Hospital Araújo Jorge, agora oferecemos atendimento tanto no Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu, quanto no Hospital Estadual de Itumbiara São Marcos”, afirmou, citando ainda o Complexo Oncológico de Referência do Estado de Goiás (Cora), que terá a ala infantojuvenil entregue este ano.

O médico hematologista explicou que Patrick passou por um transplante autólogo, ou seja, as células precursoras da medula óssea provêm do próprio paciente transplantado. “O procedimento ocorreu dentro do esperado, e agora podemos dizer que tivemos o primeiro transplante de medula óssea bem-sucedido no HGG, o primeiro de muitos que esta unidade 100% SUS irá realizar”, disse. Mãe do paciente, a empresária Bethânia Vieira Almeida de Assis compartilhou sua alegria. “Esse hospital ficou maravilhoso e meu filho foi muito bem recebido”.

Habilitado pelo Ministério da Saúde em 2023, o Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG teve início em abril deste ano, e tem a capacidade de realizar, no mínimo, seis transplantes por mês, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. Inaugurado em 2022, para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o serviço está inserido na Unidade de Transplante do HGG e conta com 32 leitos – 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea. O valor da obra foi de aproximadamente 2,8 milhões de reais, liberados pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

O Serviço de Transplante de Medula Óssea do HGG conta com o apoio do Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, que é responsável pela coleta, processamento, armazenamento e distribuição das células progenitoras hematopoiéticas, utilizadas no transplante. E contribui ainda com a distribuição de hemocomponentes que o paciente necessita durante o processo do transplante.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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