O Serviço de Odontologia para Pacientes Especiais (Sope) do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) iniciou, no dia 27 de fevereiro, um mutirão para a realização de atendimentos odontológicos para pacientes com deficiência que precisam que os seus procedimentos ocorram sob anestesia geral em ambiente hospitalar. A ação, que acontece até o dia 15 de março, já realizou mais de 550 procedimentos em um total de 20 pacientes de Goiânia e do interior de Goiás.
De acordo com a cirurgiã dentista, Camila de Freitas Silveira, durante o mutirão foram realizados tratamento periósteo, restauração dentária, tratamento endodôntico, extração de dentes, profilaxia entre outros.
“Todos esses procedimentos trarão o alívio da dor para esses pacientes, que vieram encaminhados a partir das unidades básicas de saúde para o atendimento no HGG. Além disso, também irá proporcionar o alívio para as famílias, pois os pacientes não conseguem verbalizar e expressar o que estão sentindo, e com isso, muitas vezes, eles ficam agitados e irritados”, destacou.
Camila também explicou que os atendimentos são realizados de uma maneira diferente, levando estes pacientes para o centro cirúrgico. “Todos os procedimentos são realizados no centro cirúrgico, com anestesia geral, porque os pacientes não conseguem ser atendidos em consultório convencional. Dessa forma, o atendimento proporciona mais conforto para o paciente e também tranquilidade para a família equipe. O atendimento é realizado ainda de forma humanizada. O paciente fica acompanhando de um familiar durante toda a internação e recebe orientações para o cuidado após alta. “Este trabalho previne infecções pulmonares, cardíacas e sepse que poderiam iniciar por focos bucais”.
Sobre o Sope
A iniciativa oferta diversos procedimentos como restauração dentária, raspagem e limpeza de tártaro, aplicação de flúor, tratamento de canal, remoção de lesões, extração de dentes incluindo o dente siso. O serviço é destinado para pessoas com deficiência, acima de 12 anos, que apresentam limitações temporárias ou permanentes de ordem intelectual, física, sensorial e/ou emocional que o impeça de ser submetido a uma situação odontológica convencional. Para ser atendido, o paciente deve ser encaminhado pela rede básica de saúde para a regulação, que realiza o agendamento no hospital conforme a disponibilidade de vagas.
A partir do momento em que a regulação do HGG passou a ser gerida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), deu a oportunidade de pacientes de cidades do interior de Goiás realizarem o tratamento na unidade de saúde. Foram realizados procedimentos para pacientes de 14 cidades do interior e sete de Goiânia e Aparecida de Goiânia.
Ainda estão aguardando, com Autorização de Internação Hospitalar (AIH) no HGG, 20 pacientes do interior e 18 da grande Goiânia, para a realização dos procedimentos na unidade de saúde.