HGG realiza primeiro transplante de fígado de Goiás

A partir desta quinta-feira (26), Goiás conta com o Serviço Estadual de Transplantes Hepáticos. Lançada pelo Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), a novidade foi anunciada no Auditório da unidade, em Goiânia, e teve como primeiro paciente o advogado Marcelo Mazão, de 54 anos, que possuía câncer e cirrose no fígado.

A cirurgia foi realizada na última quinta-feira (19), e durou cerca de 8 horas, tempo considerado rápido pela complexidade. O paciente continua internado na unidade para tratamento com imunossupressores (medicamentos), e deve receber alta nesta sexta-feira(27).

Chefe da equipe de transplantes, o médico Claudemiro Quireze Júnior explica que um conjunto de fatores permitiu que o advogado fosse o primeiro a ser transplantado no estado, desde a liberação do hospital para realizar o procedimento à situação do paciente. Marcelo tinha compatibilidade de peso e altura e sangue idêntico ao do doador, além de quadro grave.

Muito emocionado Mazão explicou que o seu estado de saúde era muito grave e que o transplante está dando a oportunidade de uma nova vida. “Estou me sentindo muito feliz, me sentindo outra pessoa. Eu nunca perguntei aos médicos quanto tempo tinha de vida, mas pelas conversas dava para sentir que eu não chegaria nos 55 anos, que faço em novembro. Eu não sentia nada, a única coisa que eu tive foram os olhos amarelos. Eu quero reforçar a importância das pessoas serem doadoras, mas ainda mais, para a família respeitar essa vontade”, afirma.

De acordo com o chefe do Serviço Estadual de Transplantes Hepáticos do HGG, Claudemiro Quireze Júnior, a equipe começou a ser estruturada há mais de um ano, e é composta por quatro cirurgiões, uma hepatologista, além dos anestesistas. “Neste período, o Hospital trabalhou para atender às exigências legais para atender o serviço de transplante, além de fazer a aquisição de materiais. É um grande orgulho e a sensação de um sonho realizado. Esse preparo do HGG não foi rápido, e é considerada uma mudança de paradigma”, explicou o médico.

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Pesquisa aponta que 49% dos brasileiros acreditam em melhorias no país em 2025

Um levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) revelou que 49% dos brasileiros acreditam que o país terá melhorias em 2025. O índice permanece estável em relação à pesquisa de outubro, mas registra uma queda de 10 pontos percentuais comparado a dezembro de 2023, quando o otimismo atingiu 59%.

A percepção de piora aumentou entre os entrevistados: 28% acreditam que o Brasil irá piorar em 2025, uma alta de cinco pontos em relação a outubro (23%) e de 11 pontos frente a dezembro do ano anterior (17%).

O levantamento, divulgado nesta quinta-feira, 26, foi realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) entre os dias 5 e 9 de dezembro, com 2 mil participantes de todas as regiões do país.

Sobre o desempenho do Brasil em 2024, 66% dos entrevistados afirmaram que o país melhorou (40%) ou permaneceu igual (26%) em comparação a 2023. No entanto, essa soma representa uma queda de 13 pontos em relação a dezembro de 2023, quando 79% acreditavam que o cenário havia melhorado (49%) ou permanecido estável (30%).

A percepção de piora em 2024 alcançou 32% em dezembro, marcando um aumento significativo em relação aos 20% registrados no mesmo período do ano anterior.

Para Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe, os resultados refletem um equilíbrio entre otimismo e cautela. “O ano teve aspectos positivos, como o aumento do emprego, mas foi marcado por fatores adversos, como seca, queimadas e notícias sobre alta da Selic, juros e inflação”, explicou Lavareda.

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