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HGG realiza primeiro transplante de fígado de Goiás

Última atualização 26/07/2018 | 20:42

A partir desta quinta-feira (26), Goiás conta com o Serviço Estadual de Transplantes Hepáticos. Lançada pelo Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), a novidade foi anunciada no Auditório da unidade, em Goiânia, e teve como primeiro paciente o advogado Marcelo Mazão, de 54 anos, que possuía câncer e cirrose no fígado.

A cirurgia foi realizada na última quinta-feira (19), e durou cerca de 8 horas, tempo considerado rápido pela complexidade. O paciente continua internado na unidade para tratamento com imunossupressores (medicamentos), e deve receber alta nesta sexta-feira(27).

Chefe da equipe de transplantes, o médico Claudemiro Quireze Júnior explica que um conjunto de fatores permitiu que o advogado fosse o primeiro a ser transplantado no estado, desde a liberação do hospital para realizar o procedimento à situação do paciente. Marcelo tinha compatibilidade de peso e altura e sangue idêntico ao do doador, além de quadro grave.

Muito emocionado Mazão explicou que o seu estado de saúde era muito grave e que o transplante está dando a oportunidade de uma nova vida. “Estou me sentindo muito feliz, me sentindo outra pessoa. Eu nunca perguntei aos médicos quanto tempo tinha de vida, mas pelas conversas dava para sentir que eu não chegaria nos 55 anos, que faço em novembro. Eu não sentia nada, a única coisa que eu tive foram os olhos amarelos. Eu quero reforçar a importância das pessoas serem doadoras, mas ainda mais, para a família respeitar essa vontade”, afirma.

De acordo com o chefe do Serviço Estadual de Transplantes Hepáticos do HGG, Claudemiro Quireze Júnior, a equipe começou a ser estruturada há mais de um ano, e é composta por quatro cirurgiões, uma hepatologista, além dos anestesistas. “Neste período, o Hospital trabalhou para atender às exigências legais para atender o serviço de transplante, além de fazer a aquisição de materiais. É um grande orgulho e a sensação de um sonho realizado. Esse preparo do HGG não foi rápido, e é considerada uma mudança de paradigma”, explicou o médico.