HGG recebe autorização para realizar transplante de medula óssea

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) foi habilitado pelo Ministério da Saúde (MS) para realização de três novos tipos de transplantes: medula óssea, pâncreas e rim-pâncreas. O HGG é a única unidade de saúde estadual que realiza transplantes de órgãos.

A nova Unidade de Transplantes do hospital foi inaugurada em setembro de 2022 e aguardava a autorização para começar estes três novos serviços. Com um investimento de aproximadamente R$ 2,8 milhões, as novas instalações contam com uma estrutura moderna em uma área de 644m², 32 novos leitos, sendo 26 para transplantes de rins, fígado, pâncreas e rim-pâncreas, e outros seis para transplante de medula óssea.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) terá a capacidade inicial de realizar mensalmente no mínimo seis transplantes (transplante autólogo), além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes por mês. A área exclusiva para os pacientes conta com apartamentos com antecâmara, climatização com pressão positiva do ar e filtros hepa, equipamentos para purificação da água nas torneiras e chuveiros com o objetivo de evitar o risco de contaminação para os pacientes, copa e banheiros exclusivos para acompanhantes, além de outros aspectos importantes para o atendimento à legislação sanitária vigente e às boas práticas.

Serviço

Desde a sua implantação, em 2017, o Serviço de Transplantes Renal do HGG já realizou mais de 760 procedimentos. Em 2018, o HGG foi habilitado para a realização de transplante de fígado, totalizando 41 procedimentos até abril deste ano. Com estas novas habilitações, o hospital caminha para se tornar um grande centro transplantador na região Centro-Oeste.

Transplante Autólogo

No transplante autólogo, as próprias células-tronco hematopoiéticas do paciente são removidas antes que a quimioterapia ou radioterapia de alta dose seja administrada, e, então, são armazenadas para posterior uso. Após a quimioterapia ou a radiação estar finalizada, as células colhidas são infundidas no paciente.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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