HGG volta a realizar consultas e cirurgias

Escolhido pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) para ser um dos primeiros hospitais públicos no Estado a iniciar a retomada dos atendimentos eletivos pelo SUS, o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) dará seguimento às consultas e procedimentos cirúrgicos eletivos, suspensos devido à pandemia de Covid-19. Para isso, a unidade elaborou um fluxo especial de atendimento, visando a maior segurança para pacientes e colaboradores, seguindo as normas técnicas da SES. A retomada, que ocorrerá de forma gradual, será lançada nesta terça-feira, 27 com a presença do secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino.

As ações começam antes mesmo de o paciente chegar à unidade do Governo de Goiás. As comunicações de agendamento serão realizadas exclusivamente por telefone, já que a entrada no hospital será autorizada apenas para pacientes com consultas marcadas para o dia. O acesso à unidade só será permitido com antecedência de até 40 minutos do horário marcado para o atendimento, restringindo, assim, a quantidade de pessoas circulando no hospital.

As informações sobre o agendamento poderão ser acessadas pelos pacientes por meio do Observatório de Consultas, no site do HGG (www.hospitalalbertorassi.org.br). Ao confirmar a presença na consulta, o paciente receberá em seu smartphone uma animação em vídeo, em que serão explicados os procedimentos que ele terá de seguir dentro do hospital, garantindo, assim, a segurança sanitária dele e dos colaboradores da unidade de saúde.

Nos primeiros 30 dias, serão realizados os atendimentos correspondentes a 60% da capacidade total de cirurgias eletivas do hospital, uma média de 396 procedimentos cirúrgicos. Em relação às consultas presenciais e alguns dos exames diagnósticos ofertados pela unidade para a rede de atenção à saúde, o atendimento será de 20% da capacidade, também nos primeiros 30 dias.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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