Hillary chama Trump de “asqueroso” em livro de memórias

A ex-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton chamou o presidente, Donald Trump, que a venceu nas últimas eleições, de “asqueroso” em um livro de memórias que conta a campanha presidencial de 2016. A informação é da EFE.

Um trecho da versão em áudio do livro, divulgado hoje (24) pela emissora MSNBC e lido pela própria ex-secretária de Estado, cita um incidente ocorrido em um dos debates entre os dois. “Foi incrivelmente incômodo. Ele estava literalmente respirando no meu pescoço. Minha pele arrepiou”, disse ela no livro intitulado “What Happened?” (O que aconteceu?).

“Você se mantém calma, segue sorrido e continua como se não estivessem invadindo de maneira repetida seu espaço? Ou você se vira, olha nos olhos e diz alto e claro: sai para lá, asqueroso. Se afaste de mim. Já sei que você se encanta em intimidar as mulheres, mas não pode me intimidar”, continua a ex-primeira-dama.

Hillary se referia a um dos momentos mais comentados do segundo debate presidencial, quando Trump se aproximou dela em várias ocasiões. Quando ela respondia às suas intervenções, o agora presidente se posicionava nas costas da democrata.

O novo livro da democrata, que indicou que as memórias são uma tentativa de esclarecer a sua fracassada tentativa de chegar à presidência, será publicado no próximo dia 12 de setembro.

Foto: Agência Brasil

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos