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‘Hispter da Federal’ diz que iria matar todos da casa e é morto durante surto psicótico

Última atualização 03/03/2022 | 15:09

O policial federal goiano Lucas Soares Dantas Valença, de 36 anos, que ficou conhecido como “hipster da Federal”, teria gritado que mataria todos da residência antes de invadir o local, segundo o delegado Adriano Jaime. Ele morreu em uma chácara de Buritinópolis, região Central de Goiás, após receber um tiro na barriga, na madrugada desta quinta-feira (3).

De acordo com o delegado, Marcony Pereira dos Anjos estava no interior da residência junto com a esposa e a filha de 3 anos, quando ouviu barulhos em volta de sua casa e em seguida gritos.

“Segundo relatos do autor, a vítima dizia: ‘Saiam todos ai da casa, se não vou entrar e matar!” , relatou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, o morador contou que, nesta ocasião, temendo o pior para ele e a família, pegou uma arma. Neste instante, o policial desligou o disjuntor de energia que fica fora da casa e arrombou a porta da sala.

disjuntor de energia e porta que foi quebrada pelo agente – Foto: Divulgação/PC

Diante do ocorrido, Marcony atirou contra a vítima, que gritou avisando que era policial.

“Ele pegou sua arma de pressão, modificada para calibre 22. A vítima então desligou o padrão de energia e arrebentou a porta da casa do autor. Neste momento, o autor disse: ‘Não entre, estou armado’, mesmo assim a vítima entrou e foi para cima do autor que desferiu um único tiro. Após o disparo, a vítima começou a gritar que era policial”, contou o delegado.

De posse desta informação, o morador ligou para a Polícia Militar (PM) solicitando uma ambulância. Mas quando a ambulância chegou, o policial já estava morto.

Familiares e amigos relataram para a PM que o policial se encontrava em surto psicótico um dia antes do ocorrido. Ele ficou conhecido nacionalmente por escoltar o político Eduardo Cunha.

O autor dos disparos foi preso em flagrante por posse ilegal de armas. Ele pagou fiança e foi liberado em seguida. O homicídio será apurado por meio de inquérito policial. Já que pelas circunstâncias do fato seria legítima defesa.