A história do sargento Edinei Silva de Andrade, detido na comunidade da Palmeira, em Niterói, com um fuzil e uma pistola com numerações raspadas, traz à tona questões sobre o histórico do policial. Ele já havia sido preso outras duas vezes por porte ilegal de arma e tráfico de drogas, tendo sido expulso da corporação. No entanto, decisões judiciais o reintegraram à Polícia Militar, apesar de seu passado conturbado.
A última detenção ocorreu após o veículo que o PM conduzia ser localizado pelas câmeras do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da prefeitura de Niterói. Durante uma revista, foram encontrados um fuzil 7,62 e uma pistola calibre 9mm, ambas com numeração raspada, além de R$ 2.800 em espécie. O policial se identificou apenas durante a abordagem e não apresentou documentos.
Em 2011, quando ainda era cabo, Edinei foi preso por portar uma pistola Ruger de calibre 9mm. Depois de alegar que desconhecia a presença da arma, ele foi expulso da PM. No entanto, a decisão foi revertida judicialmente em 2017, determinando sua reintegração. Em 2019, o sargento foi preso novamente por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, mas acabou absolvido pela justiça.
Mesmo após todas as polêmicas e detenções, Edinei foi novamente detido com armas ilegais em Niterói. A Polícia Civil autuou o sargento em flagrante por porte de arma de fogo, mantendo as investigações em andamento. Suas constantes prisões e absolvições levantam dúvidas sobre as falhas no sistema judiciário e nas decisões administrativas da corporação.
Essa situação reacende o debate sobre a revisão de processos de reintegração de policiais com histórico criminal. A população pede por mais transparência e rigidez nas punições, evitando que agentes com condutas ilícitas continuem atuando no serviço público. O caso de Edinei Silva de Andrade mostra como a impunidade pode ser recorrente, mesmo em casos graves como tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
A prisão do sargento também destaca a importância do trabalho integrado entre as forças de segurança pública, como as câmeras de monitoramento da prefeitura de Niterói, que auxiliaram na localização do veículo do policial. A colaboração entre instituições é fundamental para combater o crime e garantir a segurança da população. O desfecho desse caso será acompanhado de perto pela sociedade, que espera por justiça e medidas efetivas para coibir práticas criminosas no serviço policial.




