História: Estudo da UFG elabora roteiro para passeio em Campinas

Para celebrar os 207 anos do bairro de Campinas, que faz aniversário neste sábado (08), a Universidade Federal de Goiás (UFG) apresenta o Roteiro Memorial Campineiro, um guia de locais a serem visitados por quem se interessa em conhecer a história e as tradições do Setor. Fruto de uma pesquisa da Faculdade de Artes Visuais, o roteiro aponta seis pontos considerados patrimônio pelos moradores e faz uma proposta de intervenção nesses espaços.

A pesquisa, desenvolvida pelo aluno egresso da instituição e hoje arquiteto, Rodolpho Teixeira Furtado, e orientada pela professora Marcelina Gorni, partiu do pressuposto de que o patrimônio de Campinas vai muito além dos prédios: está nas ruas, nas relações e, sobretudo, nas recordações. Assim, Furtado circulou pelo lugar, entrevistou moradores pioneiros e chegou à conclusão que seis pontos fazem parte da memória afetiva da chamada Campininha das Flores: Praça Joaquim Lúcio, Praça da Matriz, Estádio Antônio Accioly, Mercado de Campinas, Cine Campinas e Avenida Bahia.

Atualmente, esses locais estão modificados, têm outros nomes ou já nem existem, mas, ainda assim, segundo o arquiteto, “deixaram rastros” e, portanto, merecem ser reconhecidos e visitados.

“A ideia do Roteiro Memorial Campineiro é trazer de volta alguns usos perdidos dessas áreas e, ao mesmo tempo, atender desejos e necessidades locais por espaços que aumentem a qualidade de vida e de usos do setor Campinas”, explicou. Para tanto, o arquiteto elaborou propostas de intervenções nesses pontos que privilegiam a experiência do pedestre, criando condições para que os goianienses possam caminhar pelo bairro, desfrutando das narrativas que acompanham aqueles seis pontos de visitação.

Rodolpho Teixeira Furtado usa o conceito de “acupuntura urbana” para sugerir modificações pontuais em logradouros públicos. Ele definiu a necessidade de abrir espaços públicos, retirando alguns edifícios, limitar estacionamentos, recuperar áreas verdes, criar espaços de permanência, alargar calçadas, estimular a vida noturna e a diversidade de usos de comércio e serviços no Setor, intensificar a iluminação e a sinalização, entre outras medidas. A inspiração do arquiteto vem de projetos de revitalização de áreas públicas desenvolvidos em países como Holanda e Estados Unidos.

História
O arraial de Campinas foi fundado em 1810. Quatorze anos depois, 45 pessoas habitavam o local, vindas de regiões que hoje compõem os municípios de Luziânia, Silvânia, Goiás, além de estados como Minas Gerais e São Paulo. Em 1894, um grupo de padres alemães se instalou no arraial, construindo a Matriz de Campinas, o Colégio Santa Clara e o convento (atualmente, Centro Cultural Gustav Ritter). O território se consolidou como vila em 1907 e como cidade em 1914. Na década de 1930, Armando Augusto de Godoy, engenheiro e urbanista, defendeu a região como propícia para abrigar a nova capital do estado de Goiás, entre outros motivos, por estar próxima à linha férrea. Em 1935, a cidade conhecida como “mãe de Goiânia” é aglutinada pela capital e transformada no atual bairro de Campinas.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFG

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

STJ mantém prisão de biomédica após morte de paciente durante procedimento estético em Goiânia

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva da biomédica Quesia Rodrigues Biangulo Lima, detida em flagrante após a morte de uma paciente durante um procedimento estético em uma clínica localizada no Parque Lozandes, em Goiânia.

A defesa da biomédica argumentou que a prisão foi decretada com base apenas no relato dos policiais sobre o uso de produtos inadequados, sem a realização de perícia técnica. Os advogados sugeriram a adoção de medidas cautelares como alternativa à prisão.

No entanto, o ministro Herman Benjamin ressaltou que a análise do mérito do habeas corpus ainda será realizada pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Enquanto isso, a prisão será mantida devido aos indícios de irregularidades e aos potenciais riscos à sociedade.

Detalhes sobre o caso

A paciente, uma mulher de 44 anos, sofreu uma reação alérgica grave após a aplicação de hialuronidase, substância utilizada para dissolver preenchimentos de ácido hialurônico. Ela teve uma parada cardíaca e faleceu durante o procedimento.

Após o incidente, a clínica foi interditada pela Vigilância Sanitária, que identificou irregularidades como produtos vencidos e condições inadequadas de higiene. A biomédica foi presa em flagrante, e sua custódia foi convertida em prisão preventiva pelo TJGO.

Dois inquéritos estão em andamento: um investiga as circunstâncias da morte da paciente, enquanto o outro apura as condições sanitárias e as práticas na clínica. Quesia responde por suspeita de exercício ilegal da medicina e uso de produtos impróprios para consumo.

A data para a análise do mérito do habeas corpus pelo TJGO ainda não foi definida.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp