Historiador argentino afirma que Bolsonaro “será lembrado como mentiroso”

O historiador argentino Federico Finchelstein, autor do livro “Uma breve História das mentiras fascistas”, da editora Vestígio, apontou o presidente Jair Bolsonaro como “um dos líderes mais mentirosos da História”. 

Ele definiu que o presidente se comporta como líder de uma seita religiosa e sua visão da História é vista como “um artigo de fé”. “Em regimes totalitários, a mentira adquire um caráter distinto, vai além da pura retórica, e passa a ser tratada como verdade absoluta, tornando a política violenta e assassina. A mentira fascista está de volta com políticos como Bolsonaro, que não só mente, mas também tenta tornar a realidade parecia com as mentiras que conta”, disse o historiador em entrevista ao jornal O Globo. 

“Ao analisarmos os discursos de Hitler e Mussolini, ou de Trump e Bolsonaro, percebemos que eles não se importam com o relato histórico, mas criam algo parecido com o texto litúrgico de uma religião política, que nada tem a ver com fatos e, portanto, não pertence mais ao campo da História. Os mentirosos fascistas distorcem o passado, criando uma ficção que tomam por verdade absoluta, como se fosse um artigo de fé. Criam um mito”, disse o historiador e professor da New School for Social Research, em Nova York (EUA).

“Como latino-americano, considero uma catástrofe o que está acontecendo no Brasil. Como um país que era líder regional em política sanitária pode estar em uma situação tão terrível? O futuro vai recordar líderes como Bolsonaro, (Viktor) Orbán (primeiro-ministro da Hungria), (Narendra) Modi (primeiro-ministro da Índia) e Bolsonaro como alguns dos líderes mais mentirosos da História, como criminosos causaram grandes catástrofes”, destaca.

Foto: Carolina Antunes 

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STF rejeita queixa de Michelle Bolsonaro contra Erika Hilton

Nesta quinta-feira, 26, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma decisão significativa, rejeitando a queixa apresentada por Michelle Bolsonaro contra a deputada federal Erika Hilton. A queixa foi motivada por um comentário feito por Erika Hilton em março, que criticava a entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama.

A decisão do STF mantém a imunidade parlamentar de Erika Hilton, protegendo-a de processos judiciais por declarações feitas no exercício de seu mandato. Essa imunidade é uma garantia constitucional para os parlamentares, permitindo-lhes expressar suas opiniões sem medo de represálias legais.

Acusações

Michelle Bolsonaro havia acusado Erika Hilton de injúria e difamação, alegando que as declarações da deputada a ofenderam. A ex-primeira dama pedia uma indenização de R$ 15 mil pelos comentários feitos pela parlamentar em março deste ano.

Na época, a psolista escreveu: “Não dá nem para homenagear Michelle Bolsonaro por nunca ter sumido com o cachorro de outra família porque literalmente até isso ela fez”. O comentário se refere ao caso do animal adotado pela ex-primeira-dama em 2020 que já tinha dono.

No entanto, o STF considerou que as afirmações de Erika Hilton estavam cobertas pela imunidade parlamentar, o que a isenta de responsabilidade legal por essas declarações.

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