Histórias de paixão pelo rock: coleção de vinil, bares temáticos e banda na estrada

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Coleção de vinil, bares temáticos e banda na estrada: conheça histórias que
demonstram a paixão pelo rock

Muito além da música, o rock representa liberdade, atitude e resistência. Em
Bauru, histórias de paixão pelo gênero mostram que ele segue mais vivo do que
nunca. Domingo é o Dia Mundial do Rock, celebrado com fãs de todas as idades.

No som das guitarras e nas letras intensas, o rock’n’roll segue vivo. Neste
domingo (13), data em que se celebra o Dia Mundial do Rock, moradores de Bauru
mostram como o gênero ainda pulsa em diferentes formas: de coleções de vinil a
bares temáticos e bandas autorais.

A data foi criada em 1985 durante o festival Live Aid, mas o estilo musical
nasceu na década de 1950, nos Estados Unidos, ao misturar elementos do blues, do
gospel e da música country. Com o tempo, ganhou o mundo com ícones como Elvis
Presley, Beatles, Rolling Stones, Pink Floyd e Led Zeppelin.

Em Bauru, um dos apaixonados pelo rock é o arquiteto Antônio Augusto Neto, que
além de construir projetos, também criou uma coleção. Ele já reúne mais de 1,5
mil discos de vinil espalhados pela casa.

> “Comecei com dois Discmans e CDs nas festas de arquitetura. Depois, fui pra
> Barcelona, comecei a comprar vinil e nunca mais parei. O rock sempre esteve na
> minha vida, pelos meus tios, meu pai, amigos. É um caminho sem volta.”, conta
> Antônio.

Nas horas vagas, o arquiteto assume os toca-discos e se apresenta como DJ em
festas e eventos. Ele vê no rock uma expressão de liberdade: “O rock não morreu.
Esse tal de rock’n’roll, para mim, é liberdade.”, finaliza.

A banda Calibrados nasceu em 2008 e segue firme na estrada, misturando clássicos
do rock com músicas autorais. Todos os quatro integrantes vivem da música e se
apresentam com frequência em bares, festas e eventos de Bauru e região.

“A gente gosta muito de tocar. Temos a sorte de ter encontrado um grupo que
gosta disso, gosta de viver disso, é como se fosse uma bênção quase. A gente
trabalha, a gente sai de casa todas as vezes para trabalhar, para fazer o que
gosta. Não é fácil, é difícil fazer rock no país do funk. Mas Bauru é bacana
para a cena do rock, tem vários lugares para a gente apresentar nosso trabalho”, conta o vocalista da banda, Thiago Xavier.

Para Rica Nogueira, guitarrista da banda, o rock é mais do que um estilo
musical, é uma postura de vida. “Esse tal de rock’n’roll, para mim, é um estilo de vida, é o que me faz sentir vivo, é o que me faz sair de casa para trabalhar. Rock’n’roll é atitude, é pensamento, ampliar a mente, ao contrário de muita coisa bem porca que está rolando hoje em dia, o rock’n’roll nunca parou de pensar.”

Em Bauru, o empresário Luiz Fernando Gimenes é um dos que mantém vivo o espírito
do rock, sendo dono de um bar dedicado exclusivamente ao gênero. Atuando no ramo há 20 anos, ele tem um público fiel que o acompanha desde os primeiros empreendimentos.

“Rock para mim é um estilo de vida. A inspiração da minha vida, dos meus
negócios. Ele nos atrai, não tem como não gostar. Cresci ouvindo rock, então
busquei aquilo que eu gostava realmente de ouvir nos meus negócios.”, expressa Luiz.

Por mais que existam pessoas que acham que o rock não é tão escutado nos dias
atuais, os palcos em bares mostram outra realidade. Ao menos duas vezes por
semana, uma casa de shows recém-inaugurada, onde a Calibrados já se apresentou, dedica a programação exclusivamente ao estilo.

O rock é contestação, é você poder expressar suas indignações, é você também
falar de coisa boa, é você trazer boas mensagens e extravasar”, complementa
Rica.

Essas histórias de paixão pelo rock em Bauru mostram que esse gênero musical
ainda tem espaço e uma legião de fãs que não apenas o celebram no Dia Mundial do
Rock, mas o vivenciam em todos os outros dias do ano, mantendo sua chama acesa e
sua mensagem de liberdade e resistência viva na cidade.

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