Maternidade Dona Iris suspende exames, consultas e cirurgias

O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) anunciou na terça-feira (4) a suspensão de ultrassonografia, consultas e cirurgias por tempo indeterminado.

Segundo a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), as medidas foram adotadas por causa da dívida da Prefeitura de Goiânia com a administração da unidade.

Desde 13 de março o agendamento de novos atendimentos ambulatoriais estava cancelado. Agora, os que já estavam marcados também foram cancelados.

Os médicos que realizavam essas atividades serão remanejados para o plantão da emergência da ginecologia e obstetrícia.

Com a nova medida, devem deixar de ser feitos 1,2 mil exames de ultrassonografia, 1,2 mil consultas e 60 cirurgias por mês.

Segundo informações do hospital, as gestantes que fazem pré-natal na unidade vão ter depender de ‘chequinho’ para realizar ultrassonografia.

DÍVIDA
A direção da unidade informou que precisa, em média, de R$ 4 milhões por mês para operar normalmente o hospital.

De acordo com os gestores, o hospital deve receber um aporte de R$ 1,7 milhão do Ministério da Saúde, R$ 700 mil pelos exames atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e R$ R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Goiânia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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