Maternidade Dona Iris suspende exames, consultas e cirurgias

O Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI) anunciou na terça-feira (4) a suspensão de ultrassonografia, consultas e cirurgias por tempo indeterminado.

Segundo a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), as medidas foram adotadas por causa da dívida da Prefeitura de Goiânia com a administração da unidade.

Desde 13 de março o agendamento de novos atendimentos ambulatoriais estava cancelado. Agora, os que já estavam marcados também foram cancelados.

Os médicos que realizavam essas atividades serão remanejados para o plantão da emergência da ginecologia e obstetrícia.

Com a nova medida, devem deixar de ser feitos 1,2 mil exames de ultrassonografia, 1,2 mil consultas e 60 cirurgias por mês.

Segundo informações do hospital, as gestantes que fazem pré-natal na unidade vão ter depender de ‘chequinho’ para realizar ultrassonografia.

DÍVIDA
A direção da unidade informou que precisa, em média, de R$ 4 milhões por mês para operar normalmente o hospital.

De acordo com os gestores, o hospital deve receber um aporte de R$ 1,7 milhão do Ministério da Saúde, R$ 700 mil pelos exames atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e R$ R$ 1,6 milhão da Prefeitura de Goiânia.

DE

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp