Anualmente, comemora-se em 13 de julho o Dia Mundial do Rock. Curiosamente, é uma data comemorativa existente apenas no Brasil, apesar da nomenclatura. De qualquer forma, é uma ocasião que celebra a paixão pelo rock n’ roll. Esse segmento musical pode não ser tão popular quanto antes, mas o gosto continua passando de geração em geração.
De pai para filho
Assim como qualquer tradição familiar, o rock tem a capacidade de passar de pai para filho. É o caso de Brenno Mitchell, de 24 anos. Natural de Goiânia, ele começou a ouvir tal gênero quando criança e, até os 14 anos, descartava qualquer outro estilo musical.
“Meu pai escutava muito rock, principalmente em rádios, ou comprando CDs de várias bandas. Eu tive uma influência muito grande de rock dos anos 1980, que ele escutava bastante, mas também das décadas de 60 e 70, como Elvis Presley”, descreve.
Com o passar dos anos, Brenno começou a abrir seus horizontes para outros gêneros. Contudo, ainda hoje o rock continua sendo um dos seus favoritos. Apesar disso, ele não vive tanto o estilo no dia a dia da capital goiana.
“Eu considero Goiânia um lugar com bastante atividade relacionada a rock, mas não é tão divulgado, não sei se por ser algo de nicho. É um público muito específico, então você tem que procurar grupos e pessoas que estão inseridos no meio, senão você acaba perdendo muitas atrações e eventos”, opina.
Com isso, Brenno conclui que consome o rock por razões pessoais, até por conta do significado emocional. No entanto, como o próprio afirma, frequentaria eventos temáticos caso houvesse uma maior divulgação deles.
Do rock ao metal
Luiz Eduardo, de 25 anos, também compartilha uma história semelhante. Assim como Brenno, a família foi importante para que ele conhecesse o amor pelo rock. “Meu primeiro contato com foi graças ao meu pai e meu primo, que assistiam a DVDs de shows do Queen e Guns n’ Roses. Eu devia ter cinco ou seis anos na época”, conta.
No ano de 2007, ele comprou um PlayStation 2 com o game Guitar Hero 3, que terminou de abrir as portas de vez para o gênero. Desde então, ele foi expandindo seus gostos dentro do próprio rock e se apaixonou pelo metal, um subgênero com acordes mais pesados.
“O rock é meu gênero preferido, porque é impossível separar o metal do rock. Tem muito tempo que não ouço o rock clássico. Depois de conhecer as inúmeras variações de metal, meu gosto mudou, mas continua sendo rock”, diz.
Quanto ao mercado do rock em Goiânia, Luiz Eduardo diverge um pouco de Brenno e acredita que é uma cidade que não favorece de nenhuma maneira esse segmento em específico.
“É algo que eu sempre quis. Temos poucas casas de shows e bares relacionados ao tema. Infelizmente, esse é um dos problemas que a capital do sertanejo traz para a música. Todo o foco musical é mais voltado para o sertanejo. Qualquer outro estilo fica nas sombras, e até tira o incentivo de bandas de rock nacionais virem para cá”, finaliza.