Homem acusado de matar sogro alega que sofria ameaças da ex

O homem acusado de matar o sogro em uma farmácia de Goiânia, em junho do ano passado, Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, completou com mais informações sobre o crime. No início do processo, a defesa disse que ele entrou em surto por causa de um boletim de ocorrência registrado pelo idoso horas antes do crime. No entanto, durante uma audiência, acrescentou que também vivia sendo ameaçado pela ex-namorada, Kênia Yanka Leão, e pelo pai dela, João do Rosário Leão.

“No momento que eu estava no celular com a Kênia, ela ameaçou que ia mandar matar eu e minha mãe. Que é o momento que eu entro na farmácia, ‘viro a chave’ e sai daquela forma […] Na verdade [entrei na farmácia] não sei se era para matar ou o que para acontecer. Eu não tinha intuito de nada. Só entrei por impulso”, se defendeu.

Ao Jornal Diário do Estado (DE), o advogado de defesa do acusado, Júlio de Brito, disse que Felipe Gabriel sempre manteve essa versão e que não havia sido divulgada até então.

“Felipe sofre de transtorno psicótico, isso foi comprovado, a própria psicóloga no laudo, atestou isso, porém o psiquiatra optou pela não inadaptabilidade dele”, contou o advogado. Júlio ainda relatou que está contestando essa situação e ressalta que o acusado precisa de tratamento. “Esses transtornos psicóticos foram influenciados pelo uso indiscriminado de medicamentos que a ex vendia para ele”, completou.

Ainda de acordo com a defesa, o que desencadeou o surto do jovem foi após a ex ameaçar ele e a mãe dele. “Yanka sempre ameaçou ele, isso sempre foi relatado nos autos, no juizado da mulher, na vara dos crimes dolosos”, disse Júlio.

“Um dia antes do crime ela ameaçou ele e falou, ‘é melhor você pegar dinheiro com agiota emprestado do que ficar me devendo, você vai ter problemas comigo’, e no dia do crime ela ligou falando o seguinte, ‘o pai fez a ocorrência, ele vai botar você na cadeia e vai matar você e sua mãe’”, finalizou Júlio. 

Homem acusado de matar sogro; relembre o caso

Felipe Gabriel Jardim Gonçalves matou o ex-sogro após ele o denunciar por ameaça no dia 26 de junho de 2022. O caso ganhou repercussão nacional após a divulgação de imagens de câmeras de segurança. O jovem ficou foragido durante dois dias, sendo capturado na noite do dia 29 junho, em uma casa no Conjunto Riviera, em Goiânia. Ele ficou detido na carceragem da Delegacia de Capturas, quando foi transferido para o Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia.

No dia 8 de julho, ele foi indiciado por crimes de violência contra a ex-namorada, Kênnia Yanka, de 26 anos. De acordo com trechos do processo enviado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia ao Poder Judiciário, a jovem era “emocionalmente dependente” de Felipe Gabriel e “não conseguia romper o relacionamento”. Há pouco mais de uma semana, ele também foi indiciado por matar o ex-sogro a tiros.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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