Homem bate na esposa com amortecedor e ameaça: “Vou matá-la”

Por minuto, 35 mulheres são agredidas no Brasil

Homem bate na esposa com amortecedor e ameaça: “Vou matá-la”

Um homem de 55 anos foi preso suspeito de espancar a esposa com um amortecedor de moto, nesta sexta-feira, 27, em Jataí, no sudoeste de Goiás. A vítima possuía lesões pelo corpo e estava com medo de denunciá-lo. O delegado Marlon Souza Luz contou que o marido dela afirmou que mataria a esposa quando voltasse para casa. 

A Polícia Civil (PC) recebeu denúncias do crime na última terça-feira, 24, alegando que a vítima apanhava frequentemente do marido, identificado como Vanderly Gonçalves de Luz. Vizinhos próximos do casal afirmaram que escutavam a mulher chorar e gritar, além dos sons de espancamentos. A última agressão teria acontecido entre os dias 21 e 22 de janeiro.

Os agentes foram à casa da vítima quando o suspeito saiu para trabalhar, eles comprovaram que a mulher tinha várias lesões, principalmente nos braços, e um corte profundo na cabeça. Devido aos indícios de violência física e psicológica, além do risco de vida dela, os policiais filmaram os hematomas e ferimentos. De início ela não quis denunciar o marido com medo dele agredi-la mais ainda, porém foi pedido um mandado de prisão contra o suspeito.

O suspeito foi preso no local de trabalho. “O homem não foi ouvido no inquérito ainda. Informalmente, ele repetiu que quando saísse da prisão, voltaria e mataria a mulher. Ele também tem antecedentes de violência doméstica contra outra companheira”, disse o delegado.

Em uma perícia feita na casa foi encontrado o amortecedor que o marido usou para agredir a esposa. Ele tem cerca de 1,5 kg. Além disso, os policiais encontraram marcas de sangue em diversos cômodos.

A PC ofereceu uma rede de apoio à vítima, para que ela pudesse se mudar temporariamente da casa, no entanto, ela não aceitou e preferiu continuar na residência. Vanderly Gonçalves é investigado por lesão corporal grave. A pena para o crime é de até cinco anos.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos