Com doença rara, homem consegue ir ao cinema após 7 anos e causa comoção; vídeo
André Ferreira teve ajuda de equipe de multidisciplinar para conseguir voltar à
uma de suas paixões. “Depois de tantos anos, ver meu filho voltar ao cinema foi
emocionante”, contou a mãe do jovem.
Com doença rara, jovem consegue ir ao cinema após 7 anos e causa comoção
O homem André Ferreira, 32 anos, diagnosticado com distrofia muscular de
Duchenne, uma doença genética rara, progressiva e sem cura, causou comoção ao
poder ir no cinema depois de 7 anos. Segundo a mãe dele, Ezilda Francisca, desde
2018 ele não saía de casa e recebe acompanhamento do Centro Estadual de
Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer).
De acordo com Ezilda, o retorno de André ao cinema aconteceu no dia 1º de
setembro, em Goiânia, depois de aproximadamente 7 anos. Segundo ela, essa é uma paixão do filho que, depois de
passar mal em 2018 não quis mais sair de casa.
>O André é paciente do Crer já há 23 anos, hoje ele está com 32 anos de idade.
Ele era muito ativo até 2018, gostava muito de shopping, mas o que ele mais
gosta é de cinema, é a paixão dele. Desde 2018, ele não sai mais de casa, a
doença evoluiu bastante e faz uso de aparelho de suporte de vida 24 horas”,
contou a mãe.
Segundo a mãe, em 2018 ele estava em uma sessão de cinema quando começou a
passar mal, teve dor de cabeça, tontura e muita falta de ar. Ela contou que
nessa época ele não usava um aparelho para respirar. Depois do episódio André
não quis mais sair de casa por medo e desde então é acompanhado por uma equipe
de especialistas do Crer que ajudaram ele a superar o medo e voltar ao cinema.
>Depois de tantos anos, ver meu filho voltar ao cinema foi emocionante. O
sorriso no rosto dele encheu meu coração de alegria e trouxe de volta a
vontade de sair de casa, de viver novas experiências”, disse Ezilda.
Ezilda contou ao DE que depois da sessão André
se sente mais seguro e já fala em sair de casa para assistir mais filmes e até
visitar alguns parentes.
>Ele se sentiu mais seguro, está falando sim que vai no cinema de novo, disse
pra mim que vai sair pelo menos duas vezes no mês, e também quer visitar
alguns parentes”, contou animada.
André Ferreira acompanha filme no cinema depois de 7 anos — Foto: Reprodução/Crer
Diagnóstico e tratamento
De acordo com o Crer, André Ferreira foi diagnosticado com distrofia muscular de
Duchenne, uma doença genética rara, progressiva e sem cura. Essa condição impõe
limitações severas, como o uso de cadeira de rodas, ventilação mecânica e
alimentação por gastrostomia.
Segundo a equipe do Crer, o retorno de André ao cinema foi possível com ajuda do
programa Crer em Casa, que atende pacientes em cuidados paliativos para
proporcionar bem-estar, conforto e qualidade de vida a quem enfrenta doenças
degenerativas em estágio avançado.
O hospital explicou que André foi acompanhado pelos pais e pela equipe
multiprofissional do Crer.
>Ele me disse que antes costumava ir toda semana ao cinema com a mãe, mas
desde 2018 não conseguiu mais retornar, porque passou mal em uma das sessões e
ficou com receio de sair de casa. A partir daí, pensamos juntos e conseguimos
organizar a ida, com toda a segurança necessária, para que esse momento
pudesse acontecer”, relatou o terapeuta ocupacional Alberico Jayme Silva.
André Ferreira com a equipe multidisciplinar do Crer, o pai e a mãe (centro) —
Foto: Divulgação/Crer
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