Homem que matou filha de dois meses com cabeçadas na parede é condenado a 14
anos de prisão em SC
Caso aconteceu na madrugada de 25 de setembro de 2020 em Florianópolis. Segundo
o MSPC, essa foi a segunda vez que ele foi julgado pelo crime.
1 de 1 Centro de Florianópolis (SC) — Foto: Allan Carvalho/ Prefeitura de
Florianópolis
Centro de Florianópolis (SC) — Foto: Allan Carvalho/ Prefeitura de Florianópolis
Um homem foi condenado a 14 anos de prisão por matar a própria filha de dois
meses em Florianópolis. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC),
essa foi a segunda vez que ele foi julgado pelo crime (veja mais abaixo).
O assassinato aconteceu na madrugada de 25 de setembro de 2020. Conforme o órgão,
depois de se levantar da cama para dar mamadeira à filha, bateu a cabeça dela
contra a parede várias vezes. A menina teve traumatismo cranioencefálico que
resultou em sua morte.
Na ocasião, a Polícia Civil informou que o homem alegou que a criança se afogou
com leite. Após exames periciais, a mãe teria relatado que o marido se irritou e
bateu com a criança na parede por não conseguir colocar a menina para dormir.
Ainda segundo a polícia, ela afirmou na época que era ameaçada pelo homem.
CONDENAÇÃO
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, ele foi condenado por homicídio,
com agravante de ter sido praticado contra a filha, e terá que cumprir a pena em
regime inicial fechado.
Essa foi a segunda vez que o réu foi levado ao Tribunal do Júri pela prática
desse crime. No primeiro julgamento, foi condenado a apenas um ano de prisão em
regime aberto por homicídio culposo (sem intenção de matar). A 37ª Promotoria de
Justiça da Comarca da Capital, no entanto, ingressou com recurso para novo
julgamento, que foi aceito.
No recurso, o promotor Jonnathan Augustus Kuhnen sustentou que os jurados teriam
levado em conta exclusivamente o depoimento do réu. Ele havia alegado que a
morte ocorreu por asfixia pela falta de habilidade para dar mamadeira à criança.
O laudo cadavérico, no entanto, apontou como causa exclusiva da morte o
traumatismo cranioencefálico – descartando a possibilidade de asfixia, informou
o órgão.
Em depoimento, a mãe da bebê contou que na noite do crime acordou com o barulho
que parecia ser de uma batida, mas o réu disse que não seria nada. Depois,
chamou a mulher dizendo que a criança havia se asfixiado com a mamadeira.