Homem condenado a mais de 17 anos por matar jornalista em Goiás

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Homem é condenado a mais de 17 anos de prisão após matar jornalista que tentou ter relação com ele

Morte de Osni Mendes Araújo ocorreu em 2013, em Mineiros. Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 34 anos, foi condenado por homicídio triplamente qualificado, seguido de furto.

Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 34 anos, foi condenado a 17 anos, três meses e 29 dias de prisão após matar o jornalista Osni Mendes Araújo, que havia tentado se relacionar amorosamente com ele. O crime ocorreu em 2013, em Mineiros, na região sudoeste de Goiás. Após a morte, a vítima teve o carro furtado, segundo a denúncia do Ministério Público.

O DE entrou em contato com a defesa do acusado para que pudesse se posicionar sobre a decisão, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

O julgamento de Gilberto ocorreu em 16 de maio, no Tribunal do Júri de Mineiros, presidido pelo juiz Matheus Nobre Giuliasse, mas foi divulgado pelo MP na segunda-feira (19).
Na ocasião, os jurados reconheceram que o assassinato ocorreu por motivo fútil, com emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, levando à condenação por homicídio triplamente qualificado, seguido de furto.

De acordo com a denúncia do MP, durante a madrugada de 22 de dezembro de 2013, Gilberto conheceu o jornalista Osni Mendes em um bar da cidade de Mineiros. Os dois teriam começado a conversar, até que Osni ofereceu uma carona para os dois irem até outro estabelecimento.
O acusado aceitou o convite e os dois entraram no carro do jornalista. Durante o trajeto, Osni parou o carro, alegando que iria fazer xixi e ofereceu que ele também descesse do veículo para esticar as pernas.
Segundo Gilberto, quando os dois estavam fora do carro, a vítima tentou beijá-lo à força e ele reagiu lhe empurrando e dando socos no rosto. A partir disso, os dois homens entraram em luta corporal, até que o acusado nocauteou o jornalista com murros. Em seguida, usou a camisa da vítima para enforcá-la, causando sua morte.

Após o crime, Gilberto teria furtado o carro da vítima para fugir do local e se esconder na chácara de um amigo, conforme o inquérito policial. Ele continuou usando o veículo e foi encontrado pela Polícia Militar em um bar, cinco dias depois da morte de Osni. O homem confessou com frieza o assassinato, segundo a Justiça.

Na época do ocorrido, ele chegou a ficar seis meses preso entre 2013 e 2014, mas conseguiu na Justiça um relaxamento de prisão, por conta do excesso de prazo na conclusão do inquérito policial.
Gilberto voltou à liberdade e, quando intimado novamente para prestar esclarecimentos, não foi mais encontrado. A Justiça decidiu expedir novamente um mandado de prisão preventiva contra ele, em 24 de janeiro de 2018, mas a ordem nunca chegou a ser cumprida.

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