Homem confessa assassinato de colega em Goiânia alegando ter sido “forçado” a ter intimidade

A Polícia Militar prendeu um homem suspeito de latrocínio e ocultação de cadáver em Goiânia. O crime ocorreu no dia 3 de novembro, mas o corpo da vítima, identificada como Gilvan Ostemberg, de 37 anos, só foi encontrado na última quarta-feira, 13, mesma data em que o suspeito foi detido. Durante a abordagem policial, ele admitiu o homicídio, alegando que agiu em legítima defesa após ser “forçado” a ter relações íntimas pela vítima.

De acordo com a PM, o suspeito é natural do Pará. Testemunhas relataram que ele e Gilvan foram vistos juntos em um bar pouco antes do crime. Após deixarem o local, o suspeito teria assassinado a vítima e roubado seu carro, que posteriormente foi vendido em um ferro-velho na cidade de Cristalina.

Em depoimento, o homem confessou o crime, afirmando que a vítima tentou forçá-lo a um ato sexual. “Ele queria que a gente fosse para o banco de trás do carro. Eu disse: ‘Não sou veado, sou homem, acabei de me separar'”, relatou. O suspeito também declarou que Gilvan estava embriagado no momento do incidente. “Matei com uma faca, foi um golpe na garganta, e depois joguei o corpo no mato”, detalhou. O corpo foi encontrado próximo à rodovia GO-020.

Após cometer o crime, o suspeito fugiu para Cristalina, onde vendeu o carro da vítima. Desde o desaparecimento de Gilvan, no dia 3, foi montada uma força-tarefa para investigar o caso. A prisão do acusado aconteceu quando ele retornava a Goiânia de ônibus. A equipe da Rotam conseguiu localizá-lo graças ao compartilhamento de informações entre as forças de segurança.

O homem, cuja identidade não foi divulgada, está sendo acusado de latrocínio e ocultação de cadáver.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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