Homem confessa ter assassinado empresário em Mineiros por R$ 30 mil em dívidas

Um homem confessou em depoimento à Polícia Civil de Jataí que matou o empresário Alonso de Araújo. Ele reconheceu a autoria após ser preso por ser o principal suspeito do crime. A dívida que motivou o assassinato era R$ 30 mil em dívidas mais uma caminhonete Hilux que a vítima não tinha condições de pagar.

 

Segundo as investigações, Araújo desapareceu em 31 de outubro. Ele foi visto pela última vez com o suspeito quando viajaram de Jataí até Mineiros. suspeito teria feito o trajeto quatro vezes para tentar acobertar o assassinato do empresário. A vítima era procurada pela polícia desde o início deste mês. A causa da morte não foi revelada pelos agentes. 

 

Apesar de confessar o crime, o suspeito entrou em contradição em diversos momentos do depoimento policial. Ele pode responder criminalmente pelo assassinato na forma qualificada e ocultação de cadáver.

 

O homicídio ou assassinato é considerado qualificado quando ocorre por motivo fútil, com emprego de tortura ou veneno, ou, ainda, dificultando ou tornando impossível a defesa da vítima. A pena varia de 12 a 30 anos de prisão. Já a ocultação de cadáver é tipificada quando há destruição, subtração ou o cadáver ou parte dele é escondido. A punição é de reclusão de um a três anos e multa.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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