Homem corta cabeças de cinco cães e envia a madrasta por vingança

O suspeito de ter cortado a cabeça dos cinco cães foi indiciado

Foi indiciado pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), um advogado, 30 anos, suspeito de ter cortado a cabeça de cinco cães (uma cadela da raça Burriler e quatro filhotes) no dia 30 de março, em Formosa (GO), Entorno do Distrito Federal. Depois de cometer o crime, o homem deixou as cabeças na porta da casa da madrasta.

Segundo a polícia, o crime foi motivado por uma disputa de herança do rapaz com sua madrasta. Um dos motivos da briga seria uma fazenda da região. A cachorra e os filhotes mortos viviam no local. 

Em áudio gravado, que está sendo analisado pela policia, o suspeito afirma ter matado os cães.

“Ela tinha uma cachorra lá na fazenda. Eu degolei a cachorra ontem e os filhotinhos, e joguei as cabeças na porta da casa. Só para ela saber o que vai acontecer”, afirma a voz no áudio. 

Investigação cabeças dos cinco cães

De acordo com o delegado Paulo Henrique Ferreira Santos, responsável pelo caso, o ato seria uma forma de ameaçar a madrasta a respeito das tratativas das questões patrimoniais relacionadas aos bens deixados pelo pai. “Ele começou a pressionar a esposa do pai para que resolvesse essas questões logo”, conta o delegado.

Ainda segundo Paulo Henrique, mesmo sendo apontado como autor do crime, o advogado negava ter decapitado os animais, mas os áudios que circulou na cidade ajudou na investigação. 

“Esse áudio que foi divulgado no domingo(07) e ontem(09) na cidade de Formosa. Ele retrata uma situação que ocorrera no mês de março e que simplesmente confirma as investigações que já estão em andamento”, conta o delegado.

Além do assassinato dos cães, o homem é suspeito de ter entrado no imóvel da madrasta e roubado  alguns bens que, na concepção dele, pertenceriam ao falecido pai.  Portanto, ele responderá por maus-tratos a cachorros com resultado morte (previsto no artigo 32, §1º-A e §2º da lei 9605/1998) e furto qualificado (previsto no artigo 155, p. 4º, I do Código Penal).

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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