Homem cubano morre afogado ao salvar adolescentes no mar em SC: alerta para segurança aquática

Cubano morre afogado ao tentar salvar adolescentes arrastados pelo mar em SC

Um homem de 59 anos morreu afogado após entrar no mar para tentar salvar dois adolescentes que foram arrastados por uma corrente marítima em Itapoá, no Norte de Santa Catarina. Natural de Cuba, ele foi identificado como Luis Angel Boulanger Moliner. Os menores de idade, de 12 e 14 anos, foram retirados da água pelos guarda-vidas.

O caso ocorreu na tarde de domingo (15) no Balneário Itapoá, por volta das 18h. Outras três pessoas também precisaram ser resgatadas devido à corrente de retorno que arrastava os banhistas. Os bombeiros entraram na água e solicitaram que as pessoas se afastassem, momento em que Luis Angel parou de avançar e ficou no mar, com água até a cintura. Após alcançar os adolescentes, os guarda-vidas foram informados por uma delas que o homem havia sido arrastado pelo mar.

O estrangeiro foi resgatado da água com grau cinco de afogamento, que evoluiu para o nível seis, o mais alto, quando a pessoa não responde a estímulos e nem apresenta respiração. Ele foi levado de helicóptero Águia da Polícia Militar ao Pronto Atendimento (PA) de Itapoá, mas não resistiu e morreu.

O Corpo de Bombeiros Militar oferece orientações essenciais para garantir a segurança dos banhistas em ambientes aquáticos. Em caso de presenciar um afogamento, acione imediatamente o Corpo de Bombeiros Militar ligando para o número de emergência 193. Evite brincadeiras perigosas que coloquem a segurança em risco, como “briga de galo” e competições de apneia. Não consuma bebidas alcoólicas antes ou durante a permanência na água.

Confira as placas com informações sobre segurança, mantenha-se afastado de embarcações e evite permanecer perto delas. Crianças devem ser supervisionadas por adultos enquanto estiverem na água, e é essencial informar a um parente sobre o local e horário de retorno ao nadar em rios, balneários ou piscinas. Evite mergulhos “de ponta” em locais desconhecidos e tome cuidado com o limo nas pedras, que pode causar escorregões.

Ações preventivas e conscientes são fundamentais para evitar acidentes trágicos como o ocorrido com Luis Angel Boulanger Moliner. É importante seguir as recomendações de segurança e agir de forma responsável em ambientes aquáticos para garantir a integridade física de todos os banhistas. A tragédia na praia de Itapoá serve como alerta para a importância da prevenção e do cuidado ao desfrutar de atividades náuticas. Em momentos de lazer, a segurança deve sempre estar em primeiro lugar.

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Chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar paladar: frutas fake que encantam os sentidos

Frutas fake: chef cria ‘limão doce’ e manga com gengibre para enganar os sentidos

Empreendedora de Curitiba apostou em produto pouco conhecido para se destacar no ramo de confeitaria. Para especialista, cenário para quem empreende no setor é positivo, impulsinado desde a pandemia.

Azedo ou doce? Chef cria sobremesas que imitam frutas

Quando a vida deu um limão à empresária Juliana Demário, de 43 anos, ela resolveu fazer… um doce idêntico à fruta. A chef, que mora em Curitiba, apostou em uma ramo da confeitaria em que sobremesas criam ilusões, imitando objetos ou, no caso dela, frutas. Na culinária, a técnica é chamada de entremet. As criações realistas da empreendedora despertam curiosidade, especialmente nas redes. Os limões feitos por ela tem recheio de gel de amora. Outro exemplo é a manga, que por dentro, tem a própria fruta misturada com gengibre. Além das redes, os doces também estão na vitrine da loja física de Juliana, que, em um primeiro momento, pode até parecer um horti-fruti, mas é uma confeitaria. Os valores de cada doce variam de R$ 30 a R$ 40, e a produção semanal é de cerca de 500 itens.

A chef explica que a técnica é inspirada na ideia do confeiteiro francês Cédric Grolet, famoso nas redes sociais e que soma mais de 11 milhões de seguidores. Segundo ela, no entremet do confeiteiro Cedric, a receita tenta imitar o gosto real do que ela estiver recriando. Se a sobremesa for um limão, o gosto será mais próximo de um limão. Na receita de Juliana, o cliente enxerga a fruta, mas ao experimentar sente a mistura do toque cítrico e do doce, bem longe do sabor original que a fruta tem.

O negócio criado por Juliana é uma das 716.192 Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) registradas no Paraná. Especificamente sobre as confeitarias, o cenário econômico é positivo, uma vez que o setor apresentou crescimento nos últimos anos. Veja números abaixo. O Paraná conta com 4.525 confeitarias. Curitiba lidera o ranking, com 2.081 pequenos empreendimentos. Em segundo lugar aparece Londrina, com 482 confeitarias, seguida de Maringá, com 348. Confira os dados no gráfico acima.

Entre os possíveis motivos que impulsionaram este crescimento está o aumento do consumo das chamadas comfort food – gastronomia afetiva, em tradução livre, como explica Giubertoni. Segundo a consultora, muitas pessoas passaram a buscar mais conforto na comida, assim os doces e bolos se tornaram uma maneira de trazer alegria em tempos difíceis, como foi na pandemia. Além disso, a consultora destaca que a pandemia possibilitou chefs e confeiteiros a aproveitarem o isolamento para buscar formas de se criar novos produtos, o que trouxe uma onda de inovação e ajudou o setor a se destacar.

No caso de Juliana, ela resolveu apostar no segmento em 2019. Houve dificuldade em fazer o negócio engrenar porque, segundo ela, era uma época em que as pessoas não entendiam a proposta e, por isso, os doces não despartavam tanto interesse. Na pandemia, porém, o cenário mudou e o setor da confeitaria ganhou destaque, como apontam dados da Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP). Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020.

Com colaboração de Caroline Maltaca, assistente de produtos digitais do g1 Paraná.

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