Homem de 25 anos é detido por suposto envolvimento com atentado de Manchester

A polícia britânica deteve neste domingo (28) um homem de 25 anos supostamente relacionado com o atentado terrorista ocorrido na segunda-feira passada em Manchester, o que eleva para 12 o número de suspeitos detidos. As informações são da agência de notícias EFE.

A polícia da Grande Manchester disse que a última detenção foi realizada na área de Old Trafford, onde fica o estádio do Manchester United, e apontou que ainda está sendo inspecionada uma casa na zona de Moss Side, que no sábado foi desalojada provisoriamente como medida de precaução.

Um total de 12 homens com idades entre 18 e 44 anos são interrogados pela polícia como parte das investigações sobre o atentado de segunda-feira na Manchester Arena, que deixou 22 mortos e 64 feridos.

Entre eles está Ismail Abedi, irmão do terrorista suicida Salman Abedi, um britânico de origem líbia de 22 anos que detonou uma bomba de fabricação caseira na saída do show da cantora americana Ariana Grande. Também foram detidos na Líbia outro irmão do autor, Hashim, e o pai, Ramadan, supostamente vinculado a um grupo islamita.
A polícia investiga também a suposta rede que apoiou Salman Abedi para perpetrar o ataque, que foi reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

Neste domingo foram divulgadas duas imagens de Abedi captadas antes que cometesse o atentado, nas quais ele aparece vestido com um boné e carregando uma mochila. A polícia pede aos cidadãos que contribuam com informações relevantes.

A ministra britânica do Interior, Amber Rudd, disse à emissora de televisão pública britânica BBC que a operação policial para desmantelar a rede de apoio do terrorista suicida segue “a pleno vapor” e que ainda são procurados possíveis cúmplices.

Rudd apontou que “potencialmente” ainda restam suspeitos soltos, enquanto a polícia interroga os 12 detidos, ao mesmo tempo que afirmou que “enquanto a operação não tiver concluído, não é possível estar certo que acabou”.

A ministra revelou que o governo britânico já utilizou algumas medidas controversas para impedir a entrada de cidadãos com possíveis vínculos extremistas ao Reino Unido, mas não detalhou quantas vezes ou com que efeito.

De acordo com Rudd, o serviço de contraespionagem MI5 investiga atualmente cerca de 500 possíveis esquemas terroristas, assim como uma lista de 3 mil indivíduos considerados de risco e outros 20 mil classificados como menos perigosos.

Fonte: Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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