Homem de 41 anos é encontrado morto em cruzeiro de Maiara e Maraisa: empresa lamenta o ocorrido e autoridades investigam.

Um homem de 41 anos foi encontrado morto durante a viagem a bordo do navio de Maiara e Maraisa, que partiu do Porto de Santos, no litoral de São Paulo. Segundo informações da empresa responsável pelo cruzeiro, o hóspede sofreu um mal súbito e foi descoberto sem vida na manhã deste sábado (1º).

A PromoAção, responsável pelo evento, emitiu uma nota lamentando profundamente a morte do hóspede. De acordo com a empresa, o passageiro estava acompanhado pela esposa e filha. Ele teria sofrido um mal súbito durante a noite e foi encontrado sem vida horas depois.

A notícia da morte do homem durante o cruzeiro de Maiara e Maraisa chocou os fãs e seguidores das cantoras sertanejas. O incidente ocorreu em alto mar, enquanto o navio seguia em direção a um destino de entretenimento para os passageiros.

As autoridades locais foram acionadas e estão investigando as circunstâncias da morte do hóspede. A empresa responsável pelo evento está prestando todo o apoio necessário à família do homem falecido e aos demais passageiros do cruzeiro.

A identidade do homem não foi divulgada pelas autoridades até o momento. As cantoras Maiara e Maraisa ainda não se manifestaram publicamente sobre o ocorrido durante o cruzeiro que leva o nome da dupla sertaneja.

Eventos em navios de cruzeiro são populares entre os turistas e oferecem uma experiência única de viagem. A morte do hóspede durante o cruzeiro de Maiara e Maraisa levanta questões sobre a segurança e assistência médica disponíveis a bordo dessas embarcações. Medidas estão sendo tomadas para esclarecer o ocorrido e oferecer suporte aos familiares enlutados.

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Perfil dos presos em Campinas: negros, baixa escolaridade e tráfico. Entenda as desigualdades no sistema penitenciário.

Negros, baixa escolaridade e prisão por tráfico: entenda por que perfil dos presos na região de Campinas expõe desigualdades

Segundo especialistas, grupo figura a parcela mais vulnerável da população e que acaba mais suscetível a crimes de drogas e contra o patrimônio.

1 de 1 Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia — Foto: Fernando Evans/DE

Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Hortolândia — Foto: Fernando Evans/DE

Pessoas negras com pouca escolaridade, suspeitas ou condenadas por crimes envolvendo o tráfico de drogas. Esse é o perfil predominante entre os presos que vivem nas unidades carcerárias da região de Campinas (SP), segundo levantamento realizado pelo DE com dados do Ministério da Justiça.

Os números são do Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen) e, de acordo com especialistas ouvidos pela reportagem, refletem um cenário de desigualdades que atinge as populações mais vulneráveis do país (veja mais na análise abaixo).

“O encarceramento está bastante relacionado à desigualdade econômica e às disparidades sociais que existem. Se nós olharmos para o sistema penitenciário brasileiro, a gente vai perceber que a maior parte das pessoas presas é jovem, é negra e pessoas com baixa escolaridade”.

> “São pessoas que estão incluídas do contexto social e que o Estado olha para elas por meio da prisão, por meio da sua máquina estatal de punir. […] Nesse sentido, desigualdade social e prisão andam juntas no nosso país”, comenta Fernanda Ifanger, professora de direito na PUC-Campinas.

A apuração considera os dados mais recentes do painel do Sisdepen, que se referem ao primeiro semestre de 2024. À época, a região tinha 10.671 presos – 20% a mais do que a capacidade prevista pela Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) – nas seguintes unidades:

* Centro de Ressocialização Masculino de Sumaré + Arsa
* Centro de Detenção Provisória de Americana
* Centro de Detenção Provisória de Campinas
* Centro de Detenção Provisória de Hortolândia
* Centro de Progressão Penitenciária de Hortolândia
* Centro de Progressão Penitenciária de Campinas
* Centro de Ressocialização de Mogi Mirim + Arsa
* Penitenciária II de Hortolândia
* Penitenciária III de Hortolândia
* Penitenciária Feminina de Campinas
* Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu

COR, IDADE E ESCOLARIDADE

Homens e mulheres negros (autodeclarados pretos e pardos) correspondem a 60% da população prisional da região. Entre os que tiveram a idade informada, 58% tinham de 30 a 45 anos, seguidos pelos grupos de 18 a 29 (47,4%) e 46 a 60 (13,7%). Os detentos acima de 61 anos eram apenas 1,9%.

Além disso, a maioria não havia concluído os níveis de escolaridade: 32,6% tinham ensino fundamental incompleto, enquanto 22,7% chegaram ao médio, mas não se formaram. Outros 203 não tinham nenhum estudo, embora fossem alfabetizados, e 44 eram analfabetos.

CRIMES MAIS FREQUENTES E PENAS

Do total de custodiados, 43,2% respondem ou foram condenados pelo tráfico de drogas, incluindo nacional e internacional. Outros 41,2% foram relacionados a crimes contra o patrimônio, como furto, roubo, latrocínio, extorsão, estelionato, apropriação indébita e receptação.

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