Homem é baleado por PM durante show de Lauana Prado em São Paulo

Um homem de 29 anos foi morto após ser baleado por um policial militar durante um show da cantora Lauana Prado, na madrugada deste sábado, 31, em uma festa de rodeio em Marília (SP). Vítima foi identificada como Hamilton Olímpio Ribeiro Junior e o policial militar como Moroni Siqueira Rosa.

Vídeos gravados por pessoas que estavam no evento mostram o momento dos disparos e quando a cantora pede para que a música pare e sai do palco, em direção ao camarim. Já em outros vídeos é possível ver o momento em que pessoas correrem da confusão, a fim de se protegerem.

Confira o vídeo:

Confusão

Em coletiva de imprensa, o advogado de defesa do policial militar, Felipe Braga, informou que a confusão teria começado após uma briga entre a vítima e o PM na área vip do local do show. “A briga começou por atitudes inconvenientes do senhor Hamilton, que estava lá assistindo o show, como queda de cerveja, esbarrões, batendo o chapéu em crianças que estavam ali ao redor.”, informou.

O advogado também alega que, quando o policial foi advertir sobre o comportamento, Hamilton o atingiu com um soco na boca. Nisso, Moroni se identificou como policial, sacou a arma e a vítima foi para cima dele, tentando pegar o objeto. Foi neste momento que os disparos ocorreram.

Vítima foi baleada ao menos seis vezes e chegou a ser socorrida, sendo encaminhada ao Hospital das Clínicas (HC) da cidade, mas não resistiu. Outras duas pessoas que estavam no recinto também foram atingidas, sendo um deles com tiro de raspão no queixo.

Após os disparos, o policial militar foi contido e desarmado por um segurança do evento. O suspeito chegou a ser agredido por diversos populares que estavam no show, até que os seguranças o levaram para o banheiro a fim de evitar o linchamento.

Devido aos ferimentos da agressão, Moroni foi levado ao Pronto Atendimento de Marília. Ele deve receber os cuidados médicos necessários e, ao receber alta, passará por uma audiência de custódia.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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