Homem é condenado a 28 anos por matar ex-companheira com tiro na cabeça

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Um homem identificado como Gevaneide Gonçalves dos Santos foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado por matar a ex-companheira Ana Léa dos Santos Menezes com um tiro na cabeça. O crime aconteceu em 9 de novembro de 2008, em Amélia Rodrigues, cidade a cerca de 30 km de Feira de Santana, e foi motivado pela não aceitação do fim do relacionamento. A vítima tinha 30 anos quando foi morta. O julgamento foi realizado nesta segunda-feira (3) e durou cerca de seis horas, começando às 9h30 e terminando às 15h30. O réu, que acompanhou o júri por videoconferência, foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil, segundo o Tribunal de Justiça da Bahia. O crime não foi enquadrado como feminicídio, já que essa tipificação só foi incluída no Código Penal brasileiro a partir de 2015.

Atualmente, Gevaneide está custodiado na Unidade Prisional de Novo Oriente, no Ceará, pela morte de Ana. Ele foi preso em setembro deste ano, na cidade de Tauá, também no interior cearense, após quase 18 anos foragido. Segundo a defesa, o advogado pretende recorrer da sentença e ainda não há definição sobre o presídio para onde o condenado será transferido. De acordo com depoimentos de familiares, no dia do crime, Ana Léa estava na casa da mãe quando pediu que a filha, de 10 anos, fosse até a residência onde moravam, a poucas casas de distância, buscar uma roupa. Ao chegar, a menina encontrou o autor do crime dentro da casa. Ele pediu que ela chamasse a mãe e não contasse a ninguém que ele estava ali. A filha voltou e avisou à mãe. Quando Ana Léa entrou na casa, foi atingida por um tiro à queima-roupa na cabeça. Após o disparo, o acusado saiu do local e entrou em contato com uma pessoa de confiança, a quem confessou o crime.

O crime não foi enquadrado como feminicídio, já que essa tipificação só foi incluída no Código Penal brasileiro a partir de 2015. Segundo a investigação, essa pessoa ajudou na fuga de Gevaneide e comunicou o ocorrido a conhecidos da família da vítima, que avisaram os parentes. Quatro familiares foram até a casa e encontraram Ana Léa baleada no chão. Ela chegou a ser levada ao Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, mas teve morte cerebral confirmada. A prima de Ana Léa, Deisiane Ramis, descreveu a cena como uma das mais dolorosas da vida dela e relembra o momento de desespero após o crime.

A família contou que Ana Léa manteve um relacionamento de cerca de dois anos com o agressor. Durante esse período, era vítima de agressões físicas e ameaças constantes, o que a levou a decidir pela separação. Cerca de três meses após o término, ele passou a perseguir e ameaçar a vítima. Na época, os filhos de Ana Léa ainda eram crianças e ficaram sob os cuidados da família. Néia Machado, amiga da vítima, relata ameaças do condenado na época. Citizen Kane e a arte cinematográfica de Orson Welles; confira.

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