Ouvidor da Polícia classifica como tortura caso de homem espancado com golpes de cassetete em abordagem; Policiais Militares são afastados
No domingo (18) no bairro Jardim das Imbuias, na Zona Sul de São Paulo, um homem foi brutalmente espancado por três policiais militares, em um caso de abordagem que chocou a população. O incidente, registrado por uma testemunha, levou o ouvidor da Polícia de São Paulo, Mauro Caseri, a classificar o ocorrido como um ato de tortura que fere os princípios éticos e legais da corporação.
O homem foi alvo de diversos golpes de cassetete e chutes, conforme mostram imagens obtidas pela TV Globo. A conduta dos policiais foi considerada fora de controle pelo ouvidor, que ressaltou a necessidade de acompanhamento médico e avaliação psicológica para os agentes envolvidos. Os policiais foram imediatamente afastados de suas funções e estão sob investigação na Corregedoria da Polícia Militar.
Além disso, a Ouvidoria abriu um procedimento para solicitar as imagens das câmeras corporais, exames periciais e de corpo de delito da vítima, visando uma apuração rigorosa dos fatos. A identidade do homem agredido não foi confirmada oficialmente até o momento, porém, a Polícia Militar alega que ele estava envolvido com crimes anteriores, como roubo e sequestro.
A Polícia Militar de São Paulo afirmou que a abordagem realizada pelos policiais não está de acordo com os padrões da instituição e que os agentes envolvidos serão submetidos a aulas sobre direitos humanos e procedimentos operacionais. A corporação ressaltou que desvios de conduta não serão tolerados e que os responsáveis pelo episódio serão punidos conforme a gravidade do caso.
A repercussão do ocorrido gerou debate sobre o uso da força por parte das autoridades policiais e levantou questões sobre a conduta dos agentes públicos. O compromisso com a integridade e respeito aos direitos humanos deve prevalecer em todas as instâncias da atuação policial, visando garantir a segurança e o bem-estar da população. Conclusões precipitadas devem ser evitadas, em prol de uma investigação completa e imparcial dos fatos.